Tóquio (AE/AP) O Partido Liberal Democrata do Japão (PLD governista) comemorou seu 50.º aniversário ontem revelando uma proposta de revisão à Constituição pacifista do país. O projeto apresentado pelo PLD prevê o fim da proibição de manutenção de um Exército pelo país e permite que as forças armadas exerçam atividades no exterior.
Atualmente, o Japão conta com uma força de defesa do país, mas sua atuação é rigorosamente limitada pela Carta Magna em vigor. O PLD, que governou o Japão quase continuamente desde sua fundação, em novembro de 1955, também adotou uma nova plataforma partidária.
Em um discurso a correligionários reunidos num hotel de Tóquio, o primeiro-ministro do Japão, Junichiro Koizumi, creditou ao PLD o mérito por ter conduzido o país ao longo de meio século de paz e prosperidade.
Entretanto, ele alegou que o Japão precisa, por ser a segunda maior economia do planeta, colaborar mais com a comunidade internacional. "Nós precisamos assumir os desafios das disputas e conflitos que podem colocar-se diante da sociedade internacional ao longo dos próximos 50 anos", declarou o primeiro-ministro.
A Constituição japonesa elaborada por forças de ocupação norte-americanas depois da 2.ª Guerra Mundial e imutável desde 1947 impede o Japão de recorrer às armas para a solução de conflitos internacionais e proíbe o país de manter forças de ataque.
As Forças de Autodefesa do Japão são compostas por cerca de 240 mil soldados. Desde 1992, o governo interpreta a Constituição de forma a permitir que os militares possam participar de missões internacionais, mas nunca para combate.
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