Diante da expectativa de que a onda de calor que castiga o nordeste dos Estados Unidos perca força durante a noite, Nova York era o único Estado do país prevendo que o consumo de energia elétrica atingiria, na quinta-feira, níveis recordes pelo terceiro dia consecutivo devido ao uso de aparelhos de ar-condicionado.

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A Operadora Independente de Eletricidade de Nova York (NYISO) previu, para quinta-feira, um pico de consumo de 34 mil megawatts, quebrando o recorde de 33.939 megawatts verificado no dia anterior e que, por sua vez, havia quebrado o recorde de terça, de 33.879 megawatts.

Se o consumo de energia atingir o pico previsto na quinta-feira, a marca seria 6% maior que o consumo máximo do ano passado, de 32.075 megawatts.

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Normalmente, 1 megawatt de força abastece cerca de 800 lares. Mas, durante as ondas de calor e em outras épocas de maior consumo, essa quantidade de eletricidade não consegue atender a tantas casas.

Meteorologistas prevêem que as temperaturas devem chegar a 36,6 graus Celsius na quinta-feira. Mas, devido à umidade, a sensação térmica ficaria mais próxima dos 44,4 graus Celsius, disse o serviço AccuWeather.

Apesar de a onda de calor ter sobrecarregado a rede elétrica, a operadora do sistema não precisou recorrer a grandes cortes no fornecimento de energia.

As usinas de força produziram eletricidade suficiente para atender à demanda, ao mesmo tempo em que as linhas de transmissão foram capazes de levar essa energia para as casas e as empresas.

O sistema de distribuição, que leva a eletricidade das subestações de transmissão até os consumidores, também se saiu satisfatoriamente. Nos últimos dias, houve apenas alguns casos isolados de corte no fornecimento.

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Por volta das 7h (8h em Brasília), estavam sem energia 5.500 clientes da Consolidated Edison Inc. na cidade de Nova York e no condado de Westchester e 3.200 clientes da Long Island Power Authority (Lipa) em Long Island, a maior parte deles devido ao corte no fornecimento relacionado com o calor.

Recordes

A Consolidated Edison e a Lipa bateram recordes de fornecimento na quarta-feira e podem repetir o feito na quinta-feira.

A primeira, que atende a 3,2 milhões de clientes, registrou um pico de 13.141 megawatts, superando o recorde anterior de 13.103 megawatts, fixado na segunda-feira. Essa marca é cerca de 1 por cento superior ao patamar mais alto registrado no ano passado, de 13.059 megawatts.

A Lipa, cujos clientes somam cerca de 1,1 milhão, registrou uma demanda recorde de 5.736 megawatts, superando o pico anterior de 5.613 megawatts, na terça-feira. Essas cifras são cerca de 11 por cento maiores que o pico de demanda do ano passado, de 5.267 megawatts.

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A fim de manter equilibrada a balança da oferta e da procura, a NYISO e as operadoras locais pediram às pessoas que poupem energia. Essas entidades também requisitaram aos clientes comerciais e industriais, que aceitaram sofrer cortes no fornecimento em troca de tarifas mais baixas, para que reduzissem o consumo.

Esses programas de redução do consumo podem diminuir o gasto de energia em até 650 megawatts na cidade de Nova York e Long Island e em até 420 megawatts na parte oeste do Estado de Nova York.