A justiça alemã deve sentenciar hoje Oskar Gröning, de 94 anos, conhecido como “contador de Auschwitz”. Gröning é acusado de cumplicidade na morte de 300 mil judeus no campo de concentração. Ele tinha a função de expropriar dinheiro, bagagem e outros pertences dos que chegavam a Auschwitz e já reconheceu sua culpa moral. O julgamento começou em 21 de abril, com uma longa confissão do processado.
A promotoria de Lüneburg, no norte da Alemanha, pediu uma pena de 3,5 anos de prisão, considerada branda pela acusação, que representa 14 sobreviventes e familiares de vítimas. A defesa pediu a absolvição.
O réu mostrou arrependimento e admitiu que tinha consciência dos crimes cometidos em Auschwitz, onde serviu de 1942 a 1944. Ele pediu perdão, mas negou participação direta na seleção dos prisioneiros, que eram destinados ao trabalho forçado e ou morriam nas câmara de gás. Gröning era integrante da SS, a tropa de elite do regime nazista.
O processo diz respeito à Operação Hungria, na qual chegaram a Auschwitz cerca de 425 mil prisioneiros. O processo, 70 anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, é considerado um marco na luta contra crimes de guerra.
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