O governo japonês confirmou nesta terça-feira (2) 12 novos contágios de dengue em pessoas que tinham estado no parque de Yoyogi, em Tóquio, onde se acredita que está a origem do primeiro surto desta doença no Japão desde 1945 e que já afeta 34 pessoas.

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As autoridades japonesas continuam tomando medidas de prevenção no parque da capital para tentar evitar novos contágios desta doença propagada por mosquitos, e voltaram a pedir calma à população.

"Não é previsível que haja um rápido aumento das infecções, mas sim é possível que sejam registrados alguns casos mais durante os próximos dias", afirmou em entrevista coletiva o ministro da Saúde, Trabalho e Bem-estar, Norihisa Tamura.

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O Instituto japonês de epidemiologia confirmou 12 novos contágios que se somam aos outros 22 casos de pessoas nas quais foi detectado o vírus desde o dia 27 de agosto.

Todos os afetados têm em comum que tinham estado no citado parque da capital japonesa, situado no distrito de Shibuya e um dos atrativos turísticos da cidade.

As autoridades colocaram sinais de advertência em torno do parque, e aconselham a quem se desloca dentro dele ou pelos arredores que usem manga longa e calças para se proteger das picadas de mosquitos.

Fumacê foi jogado nas regiões úmidas do parque onde os insetos se reproduzem e armadilhas instaladas para caçar alguns exemplares e tentar confirmar que estes são os portadores do vírus, algo que por enquanto não foi conseguido.

Embora a cada ano sejam registrados uns 200 casos de cidadãos japoneses infectados por esta doença durante viagens ao exterior, em quase 70 anos não se tinha detectado nenhum caso doméstico.

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Todos os doentes melhoram das fortes febres que o vírus provoca, segundo o ministro japonês, que recomenda a toda pessoa com sintomas que procure uma clínica.

O ministro assinalou, além disso, que as complicações de saúde por febre de dengue são "pouco frequentes" e afetam apenas entre 1 e 5% dos doentes.

A dengue é frequente em áreas subtropicais da Ásia, América Latina e África, onde a cada ano se registram entre 50 e 100 milhões de contágios e 25 mil mortes provocadas pela doença, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).