Os 95 presos palestinos libertados nesta terça-feira (18) por Israel chegaram ao meio-dia (no horário local) à cidade cisjordaniana de Ramala, onde foram recebidos em grande estilo na Muqata, sede da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
Neste complexo eles foram recebidos pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas e por um dos dirigentes do movimento islamita Hamas, Ahmed Yousef, além de familiares e milhares de pessoas que os esperavam desde a primeira hora do dia.
Desde o início da manhã centenas de familiares e amigos estavam reunidos em um dos acessos a Ramala, próximo às imediações do campo de detenção militar israelense de Ofer, para onde foram transferidos os prisioneiros, com a esperança de poder abraçar seus seres queridos.
Quando os familiares foram informados pelo Exército israelense que a libertação não iria ocorrer ali, houve confronto. Inconformados, os familiares jogaram pedras contra os militares israelenses, que repeliram o protesto lançando bombas de gás lacrimogêneo, sem registro de feridos até o momento.
Os presos entraram na cidade cisjordaniana de Ramala pela passagem de Kalandia, para só depois se dirigirem a Muqata.
Ao menos oito ônibus com 293 presos palestinos a bordo entraram nesta terça-feira também na Faixa de Gaza pela passagem de fronteira com o Egito de Rafah, depois que Israel os entregasse ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha e às autoridades egípcias, como constatou a Efe.
Com a entrada dos prisioneiros para o território palestino e a transferência do soldado Gilad Shalit para o solo israelense conclui a primeira etapa da troca estipulada há uma semana entre Israel e o movimento islamita Hamas.
Ao todo, Israel devia libertar 477 prisioneiros palestinos em Gaza e na Cisjordânia, pelo menos 20 em Jerusalém Oriental, no território de Israel, e cerca de 40 deportados à Turquia, Catar e Síria, segundo fontes do Hamas.
Trata-se da primeira leva de 1.027 presos palestinos que Israel se comprometeu a libertar em troca de Shalit.
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