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Tropas militares e policiais afegãos continuam cercando nesta segunda-feira o presídio de Cabul em que prisioneiros talibãs lideram uma rebelião que já pode ter matado quatro pessoas e ferido 38.

As duas guardas da carceragem que haviam sido capturadas no sábado foram libertadas, disse o administrador do presídio.

O vice-ministro da Justiça, Mohammad Qasim Hashimzai, disse que há pelo menos dez crianças com as prisioneiras.

- Estamos tentando abrir um canal de negociações, mas eles não têm sequer um único representante - disse ele.

Mais de mil prisioneiros se engajaram na insurgência na prisão de Pul-i-Charkhi no sábado passado. A prisão de segurança máxima é a principal da capital afegã.

Entre os líderes da revolta, estão Timoor Shah, chefe de uma gangue que seqüestrou uma italiana em junho do ano passado, e chefes talibãs. As informações são de Nader Nadery, da Comissão Independente Afegã de Direitos Humanos.

Timoor Shah foi condenado à morte por seqüestro e assassinato de um executivo. A italiana acabou sendo liberada, e ele pegou mais 20 anos de prisão.

Segundo o general Mahboub Amiri, chefe da unidade de reação rápida da polícia, os líderes do motim são os mulás Mujadid e Shahidzai.

Nader Nadery disse que os amotinados controlam uma ala em que estão cerca de 70 prisioneiras, com crianças. O governo e a comissão tentam convecer os rebeldes a desistir do motim.

Suspeitos talibãs exigem ser julgados ou libertados. Cerca de 200 deles estão presos sem o devido processo legal. Eles também querem que as barras das celas sejam retiradas e que o regulamento de uso obrigatório de uniforme seja abolido.

Os informes mais recentes dão conta de que os prisioneiros amotinados não têm armas de fogo.

Centenas de soldados e policiais, apoiados por blindados e tanques, cercam a prisão e aguardam ordens. Há soldados americanos no grupo. Os comandantes evitam invadir a prisão.

Pul-i-Charkhi is a jail where thousands of Afghans who opposed communist rule were killed and tortured in the 1980s. It has been the scene of unrest in the recent past.

Officials said blue prison uniforms were issued to prevent a repeat of an escape last month by seven Taliban who mingled with visitors. And in December 2004, four policemen and four inmates died in a siege at the jail when militants attempted a breakout.

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