A Marinha do Vietnã avistou ontem grandes manchas de óleo nas águas entre o país e a Malásia, que suspeita serem do avião da Malaysian Airlines que desapareceu com 239 pessoas.
INFOGRÁFICO: Veja o trajeto do avião
Mais de vinte horas após o voo MH 370 decolar de Kuala Lumpur rumo a Pequim, foi o primeiro sinal de que o Boeing 777-200 caiu no golfo da Tailândia, em algum ponto entre o sul do Vietnã e o norte da Malásia.
"Uma aeronave AN26 da Marinha do Vietnã descobriu uma mancha de óleo de cerca de 20 km na área da busca, que suspeita-se ser de um Boeing acidentado", disse Lai Xuan Thanh, diretor da Administração de Aviação Civil do Vietnã.
Se for confirmada a suspeita de que não há sobreviventes, é o pior acidente aéreo dos últimos dez anos.
O voo MH 270 partiu da capital malaia à 0h41 de sábado (13h41 de sexta em Brasília) e deveria pousar em Pequim às 6h30. O contato com o avião foi perdido quase uma hora depois na travessia entre Malásia e Vietnã, de acordo com as autoridades malaias.
O presidente da Malaysia Airlines, Ahmad Jauhari Yahya, disse que havia 14 nacionalidades entre as pessoas a bordo.
Entre eles, 152 chineses, 38 malaios, 12 indonésios, seis australianos, cinco indianos, e os demais de Nova Zelândia, França, Canadá, Ucrânia, Rússia, Itália, Taiwan, Holanda e Áustria.
Em Pequim, parentes que foram ao aeroporto receber o voo entraram em desespero quando souberam do desaparecimento do avião.
Em pouco tempo, seguranças os encaminharam a um hotel próximo, onde foram mantidos longe da imprensa. Segundo a agência oficial Xinhua, há 120 famílias na sala reservada.
Os poucos que deixaram a sala e falaram com repórteres reclamaram da falta de informações. Um grupo de 23 artistas chineses de caligrafia estavam no voo. "A família inteira da minha vizinha estava no avião", disse Lu Jiang, 32, ao jornal China Daily. "Vi o nome dela, do marido e do bebê de um ano. Que Deus os abençoe".
O presidente da China, Xi Jinping, falou pelo telefone com o premiê malaio, Najib Razak sobre os esforços. A China enviou duas patrulhas marítimas para participar das buscas.
A falta de informações precisas levou as autoridades chinesas a insistir com o governo malaio para que apresse a investigação e "esclareça a situação do vôo MH370 o mais rápido possível".
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