O presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, decretou que a partir desta segunda (4) o preço mínimo da vodca deverá dobrar no país. A garrafa de meio litro da vodca mais barata custa atualmente cerca de 3 reais.
A medida foi criada para tentar diminuir o consumo de álcool pela população, especialmente nessa época de festividades da Igreja Ortodoxa, que vai de hoje até o dia 10 de janeiro. O consumo de álcool costuma ser abusivo durante essas festas.
Segundo pesquisa publicada na revista inglesa "The Lancet", mais de 50% das mortes de pessoas entre 15 e 54 anos no período de 2001 a 2005 teve a influência de álcool.
Os números de consumo de álcool na Rússia destoam. Em média, os russos bebem o equivalente a 18 litros de bebida alcoólica por ano, contra 5 litros de média mundial.
Segundo as autoridades sanitárias globais, mais de 2 bilhões de pessoas consomem bebidas alcoólicas no mundo. Os dependentes são estimados em 10% da população de cada país, em média.
No Brasil, o problema também é muito grave. Não só temos um porcentual de dependência do álcool próximo à média mundial, como estamos apresentando as bebidas aos jovens cada vez mais cedo.
Segundo pesquisa do Cebrid, centro da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 84% dos adolescentes brasileiros já experimentaram bebidas alcoólicas e 18% as consomem regularmente.
A falta de uma política clara de prevenção em nosso país se traduz pelo fato de que 80% das internações em instituições psiquiátricas têm relação com o alcoolismo. O decreto da vodca só afeta os russos, mas chama a atenção para um problema que afeta todos os países do globo. Converse abertamente com seus parentes sobre como o álcool pode afetar a saúde das pessoas. Se tiver dúvidas sobre o tema, procure ajuda especializada.
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