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Relação polêmica

Contra potências, Brasil banca apoio a projeto do Irã

Celso Amorim (esq.) durante encontro com o presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani: preparação para a visita de Lula, em maio | Mohammad Reza Abbasi/AFP
Celso Amorim (esq.) durante encontro com o presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani: preparação para a visita de Lula, em maio (Foto: Mohammad Reza Abbasi/AFP)

Teerã - O Brasil, que ocupa uma cadeira não permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), reiterou ontem seu apoio à busca do Irã por energia nuclear "pacífica". Enquanto isso, potências li­­de­­radas pelos Estados Unidos pres­­sionam internacionalmente por uma nova rodada de sanções no CS contra o Irã.

No domingo, ignorando a pressão internacional, forças iranianas lançaram cinco mísseis durante exercícios de guerra no Golfo Pérsico.

"O que queremos para o povo brasileiro é o que queremos para o povo iraniano, que é a expansão das atividades nucleares pa­­cíficas", afirmou o chanceler bra­­­­sileiro, Celso Amorim, em visita a Teerã. Amorim deu as declarações em conversa com o principal negociador nuclear iraniano, Saeed Jalili, informou um site da televisão estatal.

Em sua viagem, Amorim também realiza preparativos para a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Irã, marcada pa­­ra o mês que vem. Amorim chegou a Teerã ontem, tendo na agen­­da conversas com altos funcionários locais sobre o controverso programa nuclear iraniano.

O ministro das Relações Ex­­te­­riores brasileiro deve se encontrar também com o presidente Mahmoud Ahmadinejad. A visita ocorre em um momento de pressão das potências internacionais por mais sanções ao Irã. O país persa já sofreu três rodadas de sanções na ONU, por se recusar a interromper seu pro­­gra­­ma nuclear.

Teerã garante ter somente fins pacíficos. Países como EUA e França, porém, suspeitam que o regime iraniano busque secretamente uma bomba nuclear.

O Brasil ainda não se posicionou publicamente sobre uma possível resolução com sanções ao Irã, mas tem defendido mais negociações no caso. Outras na­­ções com assentos rotativos no CS, como Turquia e Líbano, também têm defendido o direito de o país utilizar a energia nuclear com fins pacíficos.

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Interatividade A defesa do programa nuclear do Irã ajuda internacionalmente o Brasil?

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