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Réu em um processo criminal, o vice-presidente, Amado Boudou, substituiu Cristina Kirchner, que está com uma faringolaringite, na cerimônia pelo feriado do dia da independência argentina.

No começo da semana especulou-se que o governo iria tentar esconder Boudou, que foi processado recentemente.

Ele é acusado de ter comprado uma gráfica usando um fundo de investimento testa-de-ferro. Ao mesmo tempo, ele favoreceu a empresa com decisões governamentais. Se condenado, pode ser sentenciado a até seis anos de cadeia.

Falando para um auditório em Tucumán, Boudou discursou gritando no microfone. Ministros importantes, como o dos Transportes e a do Desenvolvimento, além do chefe de gabinete, estavam na primeira fileira, mas não reagiram com entusiasmo às palavras dele.

O vice-presidente disse que o governo luta contra o domínio do mercado financeiro --uma alusão à crise da dívida pela qual a Argentina passa- lembrou das Ilhas Malvinas e ainda criticou os "poderes econômicos concentrados, que são econômicos e midiáticos". Boudou afirma que sofre perseguição da mídia no caso do processo criminal que sofre.

Ele terminou o discurso agradecendo a Néstor Kirchner (1950-2010) e a Cristina.

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