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Chavista

Controlador que inabilitou opositores presidirá órgão eleitoral da Venezuela

Elvis Amoroso, membro da direção do partido de Maduro e amigo da primeira-dama Cilia Flores, será o novo presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (Foto: EFE/Miguel Gutiérrez)

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O controlador-geral da Venezuela, Elvis Amoroso, responsável pela inelegibilidade de opositores ao ditador Nicolás Maduro, será o novo presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão responsável por realizar e fiscalizar as eleições no país.

A nova composição do órgão, que terá três reitores chavistas (Amoroso e mais dois) e dois da oposição, foi anunciada na quinta-feira (24).

Começando pelos reitores ligados ao governo, todos os cinco membros titulares da composição anterior do CNE haviam renunciado às suas cadeiras em junho, o que iniciou um processo para uma nova formação do colegiado, recém-concluído pela Assembleia Nacional – controlada pela ditadura de Maduro.

Elvis Amoroso é membro da direção do Partido Socialista da Venezuela (PSUV), legenda do regime chavista, e amigo da deputada e primeira-dama Cilia Flores. Como controlador-geral da República, tornou inelegíveis políticos oposicionistas como María Corina Machado, Henrique Capriles e Freddy Superlano.

No X (novo nome do Twitter), Capriles denunciou que a definição de Amoroso como presidente do CNE torna clara a intenção de Maduro de sabotar a eleição presidencial de 2024. As primárias para definir o candidato da oposição serão realizadas em outubro.

“Nicolás Maduro, ao nomear Elvis Amoroso como presidente do CNE, mostra qual será a sua estratégia, quer afugentar o voto, vai tentar nos tirar da rota eleitoral e nos desviar do objetivo que une todos os venezuelanos: deixar para trás o pior governo da história do nosso país e abrir as portas para o futuro”, escreveu.

Entre outras manifestações da oposição, o partido Encontro Cidadão apontou em nota que “nada poderá nos tirar do nosso empenho para derrotar, pelas vias democráticas e constitucionais, Nicolás Maduro”, enquanto o Vontade Popular disse que a nomeação de Amoroso foi “irregular” e “inconstitucional”, segundo informações do site Efecto Cocuyo.

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