O ex-presidente dos EUA Barack Obama e sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Obama, discursaram neste segundo dia de convenção| Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS
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O ex-presidente dos EUA Barack Obama (2009-2017) e sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle, foram os grandes destaques do segundo dia da convenção democrata que está ocorrendo na cidade de Chicago, localizada no estado de Illinois.

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Nesta terça-feira (20), tanto Barack quanto Michelle discursaram no evento que serve para formalizar a candidatura de Kamala Harris à presidência. A atual vice-presidente americana será a adversária do republicano Donald Trump nas eleições do dia 5 de novembro.

Nascida em Chicago, Michelle foi recebida com aplausos pelas milhares de pessoas que participaram do evento no ginásio United Center, no qual Kamala discursará nesta quinta-feira (22) para aceitar a candidatura presidencial democrata.

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A ex-primeira-dama agradeceu a recepção e disse que havia algo “maravilhosamente mágico no ar”, não apenas no ginásio, mas em todo o país, um “sentimento de família que ficou enterrado por muito tempo”. Michelle descreveu Kamala como a herdeira da “esperança”.

“Vocês sabem do que estou falando, não sabem? É a expectativa, a energia, a empolgação de estar de volta às vésperas de um dia melhor”, disse Michelle, que também gritou "EUA, a esperança está voltando”.

Ao fazer isso, a ex-primeira-dama fez alusão ao lema da “esperança” que levou seu marido, Barack Obama, à Casa Branca em 2008. Ela também traçou um paralelo com a história pessoal de Kamala, que, como a própria Michelle, idolatrava a mãe.

Com um discurso contundente contra Trump, a quem não chamou pelo nome, Michelle provocou mais reações entre o público do que o presidente dos EUA, Joe Biden, em seu pronunciamento no primeiro dia da convenção, na segunda-feira (19).

Ela conclamou os presentes a comparecerem em massa às urnas em novembro para eleger Kamala.

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Barack Obama, por sua vez, disse que Kamala será o “novo capítulo” dos EUA. O ex-presidente democrata demonstrou confiança na vitória da candidata de seu partido nas eleições de novembro.

“Não precisamos de mais quatro anos de fanfarronice e caos. Já vimos esse filme antes e sabemos que as consequências geralmente são piores”, disse Obama se referindo ao governo Trump. “Os Estados Unidos estão prontos para um novo capítulo. Os Estados Unidos estão prontos para uma história melhor. Estamos prontos para uma presidente Kamala Harris”, disse o ex-presidente.

Em seu discurso, Obama incentivou os americanos a se concentrarem naquilo que os une como país e insistiu que, apesar da polarização, os cidadãos “querem o melhor”.

“A grande maioria de nós não quer viver em um país amargo e dividido”, disse Obama.

O ex-presidente apresentou Harris como a candidata que pode “unir os EUA” e “lutar pelos interesses do povo”, em contraste com o ex-presidente e candidato à Casa Branca pelo Partido Republicano, Trump.

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“Como presidente, ela não atenderá apenas a seus eleitores [...] ela trabalhará em nome de todos os americanos”, afirmou.

Delegados do Partido Democrata formalizaram candidatura de Kamala

Durante este segundo dia de convenção, os delegados do Partido Democrata que representam os 50 estados dos Estados Unidos, além do Distrito de Columbia, Porto Rico e outros territórios apoiaram verbalmente a candidatura de Kamala Harris à presidência do país.

Os representantes regionais do partido selaram simbolicamente dessa forma a candidatura da atual vice-presidente americana, que ficou com a liderança de uma chapa antes encabeçada pelo presidente Joe Biden, que - pressionado por correligionários influentes após lapsos de memória e uma performance desastrosa em um debate com o concorrente pelo Partido Republicano, Trump - desistiu de tentar a reeleição.

A votação por delegados estaduais foi simbólica, assim como vem sendo a própria convenção partidária, já que Kamala tinha sido proclamada como candidata presidencial democrata em 7 de agosto, após uma votação virtual dos quase 4.500 delegados do partido, que transferiram por esmagadora maioria para ela o apoio que haviam dado a Biden.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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