Centenas de pessoas, incluindo a primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt, compareceram nesta quarta-feira (18) ao enterro de Dan Uzan, o jovem judeu assassinado perto da sinagoga de Copenhague em um dos atentados do último fim de semana.
Diversos agentes armados fizeram a segurança do cemitério judeu da zona sul da capital dinamarquesa, que não tinha lugares suficientes para todos os presentes, fazendo com que alguns tivessem de acompanhar a cerimônia no lado de fora.
Além de Thorning-Schmidt estavam presentes outros membros do governo dinamarquês e figuras políticas como Lars Lokke Rasmussen, líder do Partido Liberal, a maior força da oposição.
Tanto Asmussen como os rabinos que discursaram elogiaram Uzan, de 37 anos e que protegia, desarmado, a entrada da sinagoga, atrás da qual, no momento do ataque, acontecia um evento de bar mitzvah com a presença de cerca de 80 pessoas.
Omar Abdel Hamid El Hussein, um jovem de 22 nascido na Dinamarca e de origem palestina, abriu fogo no sábado (14) contra um centro cultural no qual ocorria um debate que tinha entre os presentes o artista sueco Lars Vilks, ameaçado por islamitas. No tiroteio, um cineasta dinamarquês de 55 anos morreu e três agentes foram feridos. Horas depois, ele matou Uzan com um tiro e feriu dois policiais que estavam de guarda na frente da sinagoga.
A polícia da Dinamarca afirmou que o atirador usava um rifle automático e dois revólveres nos atos.
Omar Abdel Hamid El-Hussein, de 22 anos, foi morto em um tiroteio com a polícia na manhã de domingo (15) após cometer os dois atentados, que, segundo as autoridades dinamarquesas, podem ter sido inspirados pelos ataques ao jornal satírico Charlie Hebdo e a um mercado kosher de Paris, em janeiro.