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Equipe trabalha nas amostras de DNA recolhidas no local do acidente do Airbus 320: identificação das vítimas deve demorar. | Christophe Ena / Reuters
Equipe trabalha nas amostras de DNA recolhidas no local do acidente do Airbus 320: identificação das vítimas deve demorar.| Foto: Christophe Ena / Reuters

O copiloto da companhia aérea alemã Germanwings suspeito de ter derrubado propositalmente um avião nos Alpes franceses, na semana passada, foi tratado por causa de tendências suicidas, disseram ontem promotores alemães. “Vários anos atrás, antes de obter seu brevê, o copiloto passou por um longo período de tratamento psicoterapêutico com tendências suicidas perceptíveis”, informou o escritório de Düsseldorf, onde Andreas Lubitz morava.

Gravidez

A namorada de Andreas Lubitz estava grávida e o casal planejava se casar, segundo o tabloide “Bild” e a revista “Der Spiegel”, da Alemanha. Ele vivia em Düsseldorf com uma professora de matemática e inglês de 26 anos identificada como Sanine. Segundo o “Bild”, a mulher contou a seus alunos que está grávida. 

O escritório, que citou “documentação médica relevante” como base da informação, acrescentou que depois daquele período Lubitz não mostrou quaisquer sinais de comportamento suicida ou tendências agressivas em relação a outros nas visitas aos médicos.

O Airbus da Germanwings seguia de Barcelona, na Espanha, para Düsseldorf, na Alemanha, e caiu nos Alpes franceses na terça-feira passada, matando todas as 150 pessoas a bordo. Os investigadores acreditam que Lubitz, de 27 anos, trancou o piloto do lado de fora da cabine e levou o avião a se chocar com a encosta de uma montanha.

Os promotores disseram que não encontraram qualquer indício de que Lubitz planejava uma ação como essa, nem as razões para cometê-la. “Nenhuma circunstância em especial veio à tona, seja em sua vida pessoal ou no trabalho, que tenha criado uma teoria plausível sobre um possível motivo”, disse o comunicado dos promotores.

US$ 300 milhões

é quanto as companhias de seguros terão de pagar em indenizações relacionados à queda do avião, segundo a empresa alemã Allianz; 30 seguradoras estão envolvidas.

A porta-voz da Lufthansa, à qual pertence a Germanwings, declarou que os prontuários são confidencias entre médico e paciente e que por isso a empresa não tem conhecimento de seu conteúdo. Pela lei alemã, os empregadores não têm acesso aos prontuários médicos de seus empregados e as licenças que dispensam um funcionário do trabalho não trazem informações sobre suas condições de saúde.

Corpos

A polícia de Düsseldorf avalia que a identificação das vítimas demorará algumas semanas, devido ao cuidado necessário durante o processo e a necessidade de esperar o término da operação de resgate no local. O trabalho é feito por uma equipe de cem pessoas, que também trabalha na investigação das possíveis causas do acidente aéreo. Cerca de 50 agentes estão encarregados desta segunda missão desde que o acidente foi notificado.

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