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Multidão de norte-coreanos cerca o caixão do líder Kim Jong-Il, no funeral em Pyongyang | KCNA/AFP
Multidão de norte-coreanos cerca o caixão do líder Kim Jong-Il, no funeral em Pyongyang| Foto: KCNA/AFP

Simbolismos

Participar do funeral é indicativo de força no regime

Do lado direito do carro

- Kim Jong-un, novo líder e filho de Kim Jong-il

- Jang Song-thaek, tio de Jong-un e vice-presidente da poderosa Comissão de Defesa Nacional

- Kim Ki Nam, secretário do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores

- Choe Thae Bok, presidente da Assembléia Suprema do Povo

Do lado esquerdo do carro

- Ri Yong Ho, chefe do Exército norte-coreano

- Kim Yong Chun, ministro das Forças Armadas

Outros símbolos

- Crisântemos brancos - flor tradicional usada nos enterros nas duas Coreias

- Bandeira no caixão - Bandeira do Partido dos Trabalhadores norte-coreanos

- Soldados - para indicar força do regime

Fonte: Folhapress.

Dezenas de milhares de norte-coreanos participaram ontem do funeral do líder morto Kim Jong-il pelas ruas cobertas de neve na capital, Pyongyang.

As despedidas do ex-líder co­­munista terminam oficialmente hoje, com uma homenagem em todo o país, incluindo três minutos de silêncio ao meio-dia. Todos os trens e navios da Coreia do Norte irão disparar suas sirenes ao mesmo tempo, segundo a agência de notícias KCNA.

A televisão estatal KCTV transmitiu ao vivo, durante três horas, a cerimônia onde pessoas foram vistas aos prantos acompanhando o cortejo fúnebre que levava o caixão do ex-ditador. Da mesma forma que ocorreu em 1994, no funeral de seu pai, Kim Il-sung, fundador do regime norte-coreano, o cortejo percorreu as principais ruas da cidade, mas dessa vez com temperaturas próximas a zero grau.

Enquanto o carro – com uma grande foto de Kim Jong-il – saía do mausoléu Kumsusan de Pyongyang, de onde partiu o cortejo, militares se inclinavam em uma demonstração de respeito.

O caixão estava envolvido nu­­ma bandeira do Partido dos Trabalhadores e colocado sobre uma cama de crisântemos brancos espalhados no teto do veículo. O carro de trás levava uma enorme imagem do líder vestido em seu tradicional traje militar.

Pouco mais de duas horas após partir do Palácio Memorial de Kumsusan, a procissão chegou à praça Kim Il-sung, onde uma multidão esperava para dar o último adeus ao líder morto.

À direita do carro que transportava o caixão caminhava Kim Jong-un, o filho mais novo e su­­cessor de Kim Jong-il.

Ao retornar para a praça do mausoléu, diante de milhares de soldados e civis reunidos, a guarda de honra desfilou e uma or­­questra militar interpretou o hino nacional.

Kim Jong-il morreu em 17 de dezembro, vítima de um ataque cardíaco, aos 69 anos. Ele comandava o país desde a morte, em 1994, do pai, Kim Il-sung, fundador da Coreia do Norte comunista. Kim Jong-un é o terceiro no­­me da única dinastia comunista do mundo.

O corpo de Kim Jong-il foi exibido durante nove dias em Kumsuman, no mesmo local on­­de se encontra o mausoléu com o corpo de seu pai.

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