Pequim A Coréia do Norte aceitou desativar definitivamente sua única usina nuclear de Yongbyon até 31 de dezembro deste ano. O compromisso faz parte de um acordo fechado ontem em Pequim entre negociadores da China, dos EUA, do Japão, da Rússia e das Coréias do Norte e do Sul. O acordo veio depois de um recesso de dois dias nas negociações, que foram iniciadas na quinta-feira passada.
O vice-chanceler chinês, Wu Dawei, confirmou o desmantelamento de todas as três instalações nucleares da Coréia do Norte. "O reator de Yongbyon, a unidade de processamento e a de fabricação de barras de combustível estarão desativadas até 31 de dezembro de 2007", disse Wu, que anunciou também que os EUA financiarão a etapa inicial do acordo.
EUA
Nos EUA, o presidente dos EUA, George W. Bush, comemorou muito o acordo. Em discurso para empresários na Pensilvânia, Bush disse que o caso norte-coreano serve de exemplo para o Irã.
"Se conseguimos negociar com a Coréia do Norte, podemos fazer o mesmo com o Irã", disse o presidente. Uma das partes do acordo mais elogiada por Bush foi a promessa dos norte-coreanos de não transferir tecnologia nuclear para outras nações.
A Casa Branca anunciou que, em troca do fechamento da usina de Yongbyon, os EUA financiariam melhorias na infra-estrutura do país, investindo em usinas hidrelétricas e um locais para armazenamento de combustível.
Pelo acordo, a Coréia do Norte receberia ainda cerca de 950 mil toneladas de petróleo e seria retirada da lista negra dos EUA de países que apóiam o terrorismo.
A crise nuclear norte-coreana começou em 2002, quando Pyongyang admitiu ter desenvolvido em segredo um programa nuclear.