A Coréia do Norte aceitou desativar seu reator nuclear de Yongbyon e outras instalações nucleares até o final deste ano, para em troca receber 1 milhão de toneladas de combustível e a perspectiva de sair da lista de países apontados pelos EUA como patrocinadores do terrorismo.

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Negociações pluripartites, que ocorrem há anos, terminaram no domingo. De volta aos seis países participantes, os delegados devem discutir uma declaração conjunta com seus respectivos governos.

A declaração foi divulgada na quarta-feira em Pequim, depois que todas as partes - EUA, China, Rússia, Japão e as duas Coréias - a assinaram. Além disso, líderes das duas Coréias realizaram na terça-feira em Pyongyang a segunda cúpula bilateral da história.

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"A desativação do Reator Experimental de cinco megawatts em Yongbyon, a Planta de Reprocessamento [Laboratório Rádio-Químico] em Yongbyon e a Unidade de Fabricação de Cápsulas de Combustível Nuclear em Yongbyon será completada até 31 de dezembro de 2007", disse a nota.

Nas próximas duas semanas, os EUA vão liderar a visita de uma equipe de especialistas à Coréia do Norte para preparar a desativação, segundo a nota.

A pedido das outras partes, os EUA vão comandar esse processo de desativação e fornecer as verbas iniciais.

A Coréia do Norte também reafirmou seu compromisso de não transferir materiais nucleares, tecnologia ou informações, segundo a nota.

Mas o texto evitou a questão de quando a Coréia do Norte vai deixar a lista negra de terroristas dos EUA, uma das principais exigências de Pyongyang. A nota diz apenas que Washington vai cumprir seu compromisso de iniciar esse processo paralelamente às ações norte-coreanas.

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Na prática, também permanece em aberto a questão de como o acordo funciona.

A Coréia do Norte exige repetidamente que em troca do desarmamento outros países devem se comprometer com a conclusão de dois relatórios de água-leve, que foram parcialmente construídos quando de outro acordo de desarmamento, abandonado em 2002.

Produzir plutônio para armas é muito mais difícil em reatores de água-leve, mas os EUA e seus aliados relutam em manter a Coréia do Norte com qualquer capacidade nuclear.