A Coreia do Norte acusou o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de explorar a morte de um estudante americano, que morreu após ser libertado da prisão na nação asiática.
A agência estatal norte-coreana KCNA citou um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do país criticando a Casa Branca por usar a morte do estudante Otto Warmbier para fins de propaganda contra Pyongyang. "O fato de que os EUA estão empregando até mesmo uma pessoa morta para a campanha de conspiração para alimentar a atmosfera internacional de pressão (contra a Coreia do Norte) mostra quão vil e inveterada é a hostilidade dos políticos americanos em relação à Coreia do Norte", disse o porta-voz não identificado em um comunicado.
Warmbier, que estava em férias na Coreia do Norte, foi condenado a 15 anos de trabalho forçado em março de 2016 por supostamente roubar um cartaz de propaganda dois meses antes. A Coreia do Norte alega que o estudante entrou em coma, que resultou do botulismo e de uma pílula para dormir.
O porta-voz reiterou a negação da Coreia do Norte em ter torturado Warmbier, que foi detido por mais de um ano e morreu logo após sua libertação para os EUA, enquanto ainda estava em coma. "Nós lhe fornecemos cuidados médicos por razões humanitárias, em consideração à sua falta de saúde, até ele retornar aos EUA", disse.
A declaração expressou indignação particular contra Trump, que criticou anteriormente o líder norte-coreano, Kim Jong-un. "O fato de que o velho lunático Trump ter atacado a dignidade sagrada de nossa liderança suprema, usando dados falsos cheios de mentiras e fabricação, só serve para redobrar o ódio crescente em relação ao nosso Exército e população contra os EUA."
Trump fez referências à morte de Warmbier em comentários críticos contra a Coreia do Norte durante seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) na semana passada. Os pais do estudante disseram a um programa televisivo nesta terça-feira que a Coreia do Note "torturou e destruiu" Warmbier.
As informações são da Associated Press.