Em plenária do Partido dos Trabalhadores da Coreia da Norte, o ditador Kim Jong-un admitiu que a fome é uma preocupação no país e impôs metas de produção para os próximos dez anos para “resolver completamente o problema alimentar” local.
O pronunciamento de Kim concluiu a plenária realizada entre segunda (27) e sexta-feira (31), que marcou os dez anos da chegada do ditador ao poder.
O teor do discurso foi divulgado neste sábado (1º) pela agência estatal KCNA. Kim apontou a necessidade de “um progresso radical na solução do problema de alimentação, vestuário e moradia da população”, o que exigiria “mudar drasticamente o ambiente de vida dos habitantes do meio rural para colocar definitivamente o campo numa órbita de desenvolvimento sustentável”.
Em junho, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês) publicou um relatório que apontou que a produção de alimentos na Coreia do Norte no período 2020/2021 foi comprometida por condições meteorológicas, a princípio com precipitações abaixo da média e depois devido a tufões e fortes chuvas.
A FAO estimou à época que a quantia de alimentos disponível para o país seria suficiente para apenas pouco mais de dois meses. Resultados dessa escassez, entretanto, não puderam ser medidos em seguida, visto que a Coreia do Norte se fechou ainda mais devido à pandemia de Covid-19.
Ainda segundo a KCNA, Kim acrescentou que, para 2022, a implementação de planos para fortalecer a economia será fundamental diante de “uma grande luta de vida ou morte, luta urgente a ser vigorosamente travada com sucesso, certamente, para o desenvolvimento geral da construção do socialismo, do nosso grande povo e para a amada posteridade”.
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