O avião espião americano U-2S “Dragon Lady”: o Ministério da Defesa da Coreia do Norte afirmou que aviões espiões desse modelo e dos modelos RC-135 e RQ-4B invadiram seu espaço aéreo e fizeram voos “provocativos” sobre o Mar do Leste e o Mar Amarelo entre os dias 2 e 9 de julho| Foto: EFE/EPA/YONHAP SOUTH KOREA
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Kim Yo-jong, irmã do ditador norte-coreano, Kim Jong-un, alertou os Estados Unidos nesta segunda-feira (10) sobre "operações de espionagem aérea" que aeronaves americanas supostamente realizaram nos últimos dias sobre as águas da Zona Econômica Especial (ZEE) ao longo da costa leste do país asiático.

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Em um comunicado divulgado pela agência de notícias estatal KCNA, Kim Yo-jong disse que por volta das 5h da segunda-feira (hora local, 17h de domingo em Brasília) "um avião de reconhecimento estratégico da Força Aérea dos EUA voltou a realizar um reconhecimento aéreo da parte oriental da República Popular Democrática da Coreia enquanto penetrava nos céus da ZEE acima da Linha de Demarcação Militar (LDM)".

A ONU define a ZEE como as águas que se estendem até 200 milhas náuticas (cerca de 370 km) das costas de um país, que tem o direito de explorá-las, enquanto o espaço aéreo costuma estar acoplado às águas territoriais, que atingem até 12 milhas náuticas (cerca de 22 km) da costa.

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De acordo com Kim Yo-jong, o avião, que "se retirou antes da chegada da Força Aérea do Exército Popular da Coreia", cruzou novamente a LDM - que divide a península coreana e suas águas circundantes - rumo ao norte por volta das 8h50 da segunda (20h50 de domingo pelo horário de Brasília).

O dispositivo, acrescentou, "executou grave provocação militar ao realizar o reconhecimento aéreo" sobre as águas da ZEE norte-coreana, chegando a situar-se a cerca de 400 km da costa sudeste do país.

A mensagem de Kim Yo-jong chega horas depois que, em outra declaração, o regime acusou Washington de violar seu espaço aéreo com um avião de reconhecimento estratégico.

Kim Yo-jong insistiu que as ações dos EUA são "claramente uma grave violação da soberania e segurança norte-coreana".

A irmã do líder, que é vice-diretora de propaganda do regime, advertiu que Pyongyang responderia com "ações claras e contundentes" se um avião dos EUA "sobrevoasse novamente as águas de sua ZEE".

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Em 1969, o regime abateu, matando todos os 31 ocupantes, um avião de reconhecimento americano EC-121 que possivelmente sobrevoou a ZEE.

Após o fracasso das negociações de desnuclearização de 2019, as tensões aumentaram novamente na península coreana.

Pyongyang rejeitou qualquer oferta de diálogo e realizou um número recorde de testes de mísseis, enquanto Seul e Washington retomaram seus grandes exercícios conjuntos e mobilizam periodicamente ativos estratégicos americanos na região.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]