O governo da Coreia do Norte fez novas ameaças nesta quinta-feira (11), afirmando ter "poderosos meios de ataque" em prontidão para serem lançados. Já Seul e Washington acreditam que o país esteja se preparando para testar um míssil de médio alcance durante as próximas celebrações nacionais.
Mas nas ruas de Pyongyang, os norte-coreanos celebram o aniversário da indicação do jovem líder Kim Jong Un para o principal cargo do Partido Comunista, um de uma série de títulos concedidos a ele nos meses que se seguiram à morte de seu pai, Kim Jong Il, em dezembro de 2011. Os norte-coreanos também se preparam para celebrar o aniversário de nascimento do fundador do país e avô do atual líder, Kim Il Sung, em 15 de abril.
O comitê para a Reunificação Pacífica da Pátria, agência não militar que lida com as relações com a Coreia do Sul, não forneceu detalhes sobre a advertência de ataque. O comunicado é o mais recente de uma série de ameaças bélicas, vistas no exterior como um esforço para elevar os temores e fazer com que Seul e Washington alterem suas políticas em relação à Coreia do Norte.
Autoridades sul-coreanas e norte-americanas dizem que Pyongyang parece estar se preparando para realizar um teste com míssil de médio alcance que teria como objetivo atingir o território de Guam, pertencente aos Estados Unidos, no oceano Pacífico.
O lançamento violaria a resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que proíbe a Coreia do Norte de ter atividades nucleares e balísticas, e marcaria uma escalada no impasse entre Pyongyang com países vizinhos e os Estados Unidos.
A Coreia do Norte já vem sendo punida nos últimos meses por ter lançado um foguete de longo alcance em dezembro e por ter realizado um teste subterrâneo nuclear em fevereiro.
Analistas não acreditam que a Coreia do Norte vá realizar um ataque semelhante ao que deu início à Guerra da Coreia em 1950, mas há temores de que a animosidade possa dar início a um conflito que poderia desencadear um sério conflito.
Um funcionário do Ministério da Defesa revelou, em condição de anonimato, que Seul enviou três destróieres navais, uma aeronave de vigilância e um sistema terrestre de radares como medidas de prevenção para um lançamento norte-coreano. O Japão instalou interceptadores de mísseis PAC-3 nas proximidades de Tóquio. As informações são da Associated Press.
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