A Coreia do Norte, sob pressão para retomar as negociações de desarmamento, planeja exercícios com munição real perto da fronteira marítima com a Coreia do Sul, disse na sexta-feira um órgão público sul-coreano, numa notícia que deve elevar a tensão regional.
Pyongyang aparentemente está usando as ameaças militares para se fortalecer nas negociações e obter concessões em troca do fim do seu programa de armas nucleares, embora a imprensa estatal tenha dito que nenhuma recompensa econômica poderá jamais convencer o regime comunista a abandonar seu arsenal enquanto o país estiver sob o risco de um ataque estrangeiro.
No mês passado, as duas Coreias tiveram um raro confronto armado perto da fronteira marítima disputada, sem que houvesse danos nem feridos. O incidente, no entanto, provocou uma breve mas abrupta queda da Bolsa de Seul e do won sul-coreano.
A Administração Hidrográfica e Oceânica da Coreia do Sul disse em seu site que a Coreia do Norte anunciou que fará disparos a partir de quatro pontos na sua costa oeste e dois na costa leste, entre sábado e segunda-feira, e que todas as embarcações deveriam evitar essas áreas.
No final de janeiro, após uma troca de disparos com o Sul, o Norte lançou centenas de projéteis na direção da fronteira marítima disputada, ao longo de vários dias. Esses disparos subsequentes não afetaram os mercados do Sul, já habituados às bravatas de Pyongyang.
Há cerca de um ano a Coreia do Norte abandonou as negociações nucleares que envolvem também EUA, China, Rússia, Japão e Coreia do Sul. O miserável e recluso país está sob pressão para voltar às negociações porque os eventuais benefícios poderiam contrabalançar sanções da ONU em vigor desde um teste nuclear de 2009, que se somam a problemas decorrentes de uma fracassada reforma monetária, a qual gerou inflação e descontentamento popular.
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