A Coreia do Norte vai atacar a Coreia do Sul, pela fronteira terrestre, se Seul continuar com a campanha psicológica contra o Norte, disse a mídia oficial norte-coreana no domingo, antes do início dos exercícios militares conjuntos anuais, entre os EUA e a Coreia do Sul.

CARREGANDO :)

As forças armadas da Coreia do Sul têm distribuído folhetos na Coreia do Norte sobre os protestos por democracia no Egito e na Líbia, numa tentativa de incentivar os norte-coreanos a pensar em mudanças. No entanto, os analistas continuem céticos que esse movimento possa levar os habitantes do país isolado a fazer protestos semelhantes.

"A contínua guerra psicológica por parte dos militares fantoches nas linhas de frente é uma ação traiçoeira e um desafio injustificável para as exigências atuais e pelo desejo de todos os compatriotas de começar uma nova fase de reunificação pacífica e de prosperidade nacional, através do diálogo e de negociações", disse a agência de notícias KCNA.

Publicidade

"Nós estamos avisando oficialmente que o nosso Exército vai atacar diretamente a Rimjin Pavillion e outras fontes dos ataques psicológicos anti-Coreia do Norte, para destruí-los, baseados no princípio de legítima defesa, se tais ações continuarem, apesar dos nossos repetidos alertas."

A Rimjin Pavillion é uma área na Coreia do Sul, perto da fortemente armada DMZ - Zona Desmilitarizada - que separa as duas Coreias.

A Coreia do Norte também estará em elevado estado de alerta por causa de possíveis provocações durante os exercícios militares entre os EUA e a Coreia do Sul, que começam segunda-feira, disse a KCNA.

A Coreia do Norte reagirá aos exercícios militares com uma "guerra total", se houver alguma provocação, acrescentou a agência.

"Se os agressores lançarem uma provocação para uma 'guerra local' o mundo testemunhará uma reação completa, sem precedentes por parte do Exército e do povo da DPRK", disse a KCNA, completando que eles poderão usar seu arsenal nuclear, se for necessário.

Publicidade

Pyungyang tem frequentemente alardeado ameaças do seu poderio nuclear no passado, mas os analistas dizem que não esperam que a Coreia do Norte use um artefato nuclear.

A tensão na península dividida atingiu o nível mais alto em anos depois que 46 marinheiros foram mortos em março, em um ataque à uma embarcação naval da Coreia do Sul.

A Coreia do Norte, que nega qualquer responsabilidade no ataque, atacou a ilha do sul Yoengpyeong, em novembro, matando quatro pessoas.

Mas desde então, os dois lados retomaram o diálogo, visando melhorar as relações.

Veja também
  • Apesar da fome, Coreia do Norte pode estar estocando alimentos
  • Síria pode ter construído instalação nuclear secreta, diz jornal
  • Coreia do Norte cava túneis e pode fazer teste nuclear
Publicidade