A Coréia do Norte alertou a Coréia do Sul nesta quinta-feira (9) a não provocar uma guerra na Península Coreana, no mesmo dia em que informou os inspetores das Nações Unidas que planeja retomar a produção do seu reator nuclear e enviou mísseis para perto da fronteira marítima com seu vizinho do sul.
O comando naval da Coréia do Norte acusou o Sul de cruzar a fronteira marítima em um trecho disputado na costa oeste da Península Coreana e ameaçou tomar "ações decisivas" que não foram especificadas, a menos que o governo de Seul suspenda o envio de embarcações militares à fronteira naval.
O alerta, entregue em comunicado divulgado pela estatal Agência Central de Notícias da Coréia, do governo de Pyongyang, foi divulgado algumas horas após um jornal sul-coreano ter reportado que um satélite espião americano detectou sinais de que a Coréia do Norte posicionou cerca de 10 mísseis em uma ilha perto da fronteira marítima disputada. A matéria do jornal Chosun Ilbo citou fontes em 'off' do governo da Coréia do Sul.
Mais tarde nesta quinta-feira, a Coréia do Norte disse à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em Viena, que os inspetores da entidade não terão mais acesso a seu complexo nuclear de Yongbyon e que o país decidiu suspender seu programa de desmantelar o reator. A informação partiu da AIEA.
No mês passado, Pyongyang barrou o acesso dos inspetores da AIEA à usina de Yongbyon, que processa plutônio. O governo norte-coreano alegou que os Estados Unidos não cumpriram sua parte no acordo para o desmantelamento do programa nuclear de Pyongyang e disse que retomaria as atividades.
As duas coréias permanecem tecnicamente em guerra desde a Guerra da Coréia (1950-1953), que acabou com um armistício, não com um tratado de paz. A Coréia do Norte não reconhece a fronteira marítima que foi desenhada entre os dois países pelas Nações Unidas.
Em seu alerta nesta quinta-feira, a Coréia do Norte disse que a disputa marítima é "tão perigosa que uma segunda guerra de 25 de junho pode arrebentar a qualquer momento". O regime comunista fez uma referência ao 25 de junho de 1950, quando começou a guerra civil, que rapidamente envolveu a China e os Estados Unidos e levou à divisão da Península Coreana.
O Ministério da Defesa da Coréia do Sul disse nesta quinta-feira que o país jamais violou a fronteira marítima. As informações são da Associated Press.
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