Pyongyang – A Coréia do Norte advertiu ontem o Japão de que usará a força contra o país caso Tóquio não suspenda as sanções impostas ao regime norte-coreano devido ao teste de mísseis. As novas ameaças, que aumentam a tensão na região, vieram acompanhadas dos rumores da preparação de um novo lançamento de um Taepodong-2 intercontinental. Um míssil deste tipo foi disparado há três dias junto a outros seis de alcances mais curtos.

CARREGANDO :)

O governo japonês diz que o Taepodong-2 tinha como alvo as águas próximas do Havaí e pretendia demonstrar que a Coréia do Norte pode atingir o território dos Estados Unidos. Segundo os EUA, o míssil intercontinental lançado na quarta-feira falhou e caiu no mar do Japão logo após o lançamento. O Taepodong-2 tem um raio de ação de entre 3,5 mil e 6,7 mil quilômetros. A Coréia do Norte diz que não pretendia atacar ninguém, mas não vai admitir sanções.

Tóquio impôs sanções a Pyongyang e pressiona o Conselho de Segurança da ONU para que o organismo puna o regime norte-coreano. Entre as sanções adotadas até agora pelo Japão, está a proibição da entrada no país de funcionários norte-coreanos e de tripulações de navios e aviões da Coréia do Norte. Também foi proibido o atraque em portos japoneses, nos próximos seis meses, da barca norte-coreana Mangyongbong-92, a única conexão marítima para passageiros entre o Japão e a Coréia do Norte.

Publicidade

Além das sanções unilaterais, o Japão apresentou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas um projeto de resolução de condenação à Coréia do Norte que abre o caminho à imposição de sanções de maior alcance por parte do órgão executivo das Nações Unidas. Os 15 membros permanentes e não-permanentes do conselho estudam a minuta de resolução, que conta com o apoio de Estados Unidos, Reino Unido e França, e com as dúvidas e receios da Rússia e da China.