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A Coreia do Norte declarou, nesta sexta-feira (30), nulo todos os acordos militares e políticos com a Coreia do Sul. Pyongyang advertiu que não honrará nenhum tratado se Seul continuar colocando os dois países à beira de uma guerra. Entre os pactos rechaçados nesta sexta, há um de não-agressão.

O norte-coreano Comitê para a Reunificação da Coreia disse, em um comunicado divulgado pela estatal Agência Noticiosa Central Coreana, que o país se viu obrigado a anular os acordos de paz entre os rivais, por causa da posição linha-dura do presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, com relação ao governo do norte. Pyongyang advertiu que a contínua oposição de Seul somente atrairá "um golpe mais duro e a destruição vergonhosa" para a Coreia do Sul.

Por sua vez, Seul criticou o fato de o vizinho não respeitar os tratados. "Os acordos entre sul e norte não podem ser eliminados unilateralmente", afirmou um porta-voz do Ministério da Defesa, Won Tae-jae.

Conflito

Tecnicamente, os países estão em guerra desde que um grave conflito de três anos terminou em uma trégua, mas não em um tratado de paz, em 1953. A península onde se encontram permanece dividida por uma zona desmilitarizada fortemente resguardada, com milhares de soldados de cada lado da fronteira.

Os vínculos entre os países melhoraram significativamente na década passada. O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il, chegou a se reunir com o presidente sul-coreano Kim Dae-jung, em um encontro histórico em 2000.

As tensões, porém, aumentaram depois que o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, assumiu, há quase um ano, com a promessa de endurecer com Pyongyang. O vizinho respondeu com a interrupção de todas as negociações de paz com Seul e a suspensão de importante projetos conjuntos.

Neste mês, o Exército da Coreia do Norte acusou o vizinho de preparar-se para uma guerra e disse ter adotado uma "postura de confrontação total" para responder a qualquer agressão do sul. Seul nega ter planejado qualquer ataque contra o norte, mas pôs seu Exército em alerta.

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