A Coreia do Norte anunciou nesta terça-feira que vai conceder perdão especial a condenados, em uma rara ação que parece arquitetada para alavancar a popularidade do novo presidente do país, Kim Jong-un.

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A anistia deve acontecer a partir do dia 1.º de fevereiro, para comemorar o que seria o 70º aniversário de Jong-il no mesmo mês e o 100º aniversário de nascimento do fundador da Coreia do Norte, Kim il-Sung. A agência de notícias estatal KCNA não informou quais tipos de crime serão perdoados nem quantos presos serão libertados.

Esta será a primeira ação do tipo em mais de seis anos. Em 2005, para marcar o 60º aniversário da libertação coreia do comando japonês, um perdão coletivo também foi concedido.

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Um enviado das Nações Unidas na Coreia do Norte disse que, no último ano, o país tinha 200 mil presos políticos, de acordo com estimativas.

A agência de notícias norte coreana também informou que oficiais militares fizeram novas juras de lealdade, prometendo ser "bombas e rifles" humanos para defender Jong-un, que foi nomeado supremo comandante das Forças Armadas também após a morte de seu pai, Kim Jong-il. Eles também marcharam pela praça do Palácio Memorial Kumsusan, onde o corpo de Kim il-Sung foi depositado.

Coreia do Norte estaria em contato com Japão

A Coreia do Norte está mantendo conversações secretas com o Japão na China, no que seria o primeiro contato entre os dois países desde a morte do líder norte-coreano Kim Jong-il, informou a mídia japonesa. Ao mesmo tempo, enviados da Coreia do Sul e da China sobre a questão nuclear estavam reunidos em Pequim.

Em meio a uma série de contatos diplomáticos na região, o presidente sul coreano, Lee Myung-bak, se encontrou com os líderes chineses em Pequim para discutir meios de preservar a paz e a estabilidade na península dividida, num momento em que a Coreia do Norte passa por uma delicada transição.

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O ex-ministro japonês Hiroshi Nakai, que anteriormente era encarregado da questão dos japoneses sequestrados pela Coreia do Norte nos anos 1970 e 1980, se reuniu com uma delegação norte-coreana na segunda-feira para tratar dessa questão, segundo a agência de notícias Kyodo.

De acordo com o diário Mainichi, as duas partes também conversaram sobre a retomada de negociações entre os dois governos.