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A Coreia do Norte notificou entidades internacionais de seu plano de lançar um satélite entre 4 e 8 de abril, disse uma autoridade na quinta-feira.

Os Estados Unidos consideram que se trata na verdade do teste disfarçado de um míssil, e que a atitude é "provocativa". Na quarta-feira, Washington afirmou que poderia reagir de várias formas ao lançamento, inclusive com um endurecimento de sanções impostas pela ONU depois de testes de mísseis e de armas nucleares em 2006.

O anúncio norte-coreano agrava a tensão na região. A Coreia do Norte diz estar preparada para uma guerra, embora muitos analistas duvidem que Pyongyang possa levar suas mal-equipadas Forças Armadas para um ataque direto contra a Coreia do Sul.

O Norte diz ter aderido a um tratado internacional sobre a exploração espacial, "como parte dos seus preparativos para o lançamento (...) de um satélite experimental de comunicações", disse a agência oficial de notícias KCNA.

Dando mais credibilidade ao plano de lançamento do foguete, Pyongyang afirmou ter notificado entidades como a Organização Marítima Internacional (OMI), para que avisem os navegantes.

Na quinta-feira, a Marinha dos EUA exibiu à imprensa seu destroier USS Chaffee, da classe Aegis, que está na Coreia do Sul para exercícios conjuntos e tem equipamentos capazes de interceptar mísseis.

Na semana passada, a imprensa já havia noticiado que o Japão e os EUA poderiam tentar interceptar um míssil balístico disparado pelo Norte - algo que o país comunista alertou que seria interpretado como uma declaração de guerra.

A imprensa oficial norte-coreana se descreve como uma vítima de iminentes agressões norte-americanas e sul-coreanas, e qualificou os exercícios conjuntos desses dois países como uma intimidação "louca e impulsiva", destinada a "fazer ataques preventivos de surpresa".

Analistas dizem que há poucas diferenças técnicas entre o lançamento de um satélite e um teste do míssil balístico norte-coreano de mais longo alcance, que usa o mesmo foguete, chamado Taepodong-2, supostamente capaz de atingir o Alasca - embora nunca tenha sido testado com sucesso.

"O lançamento do míssil exige tecnologia adicional, porque o míssil precisa ser capaz de reentrar na atmosfera", disse um analista de defesa em Seul, pedindo anonimato.

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