A Coreia do Norte colocou suas forças armadas em prontidão hoje e ameaçou retaliar contra quem quer que tente impedi-la de realizar o lançamento de um satélite visto por potências regionais como "um teste de míssil disfarçado".

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Pyongyang também cortou uma linha militar direta com Seul, o que provocou o fechamento total da fronteira e reteve em território norte-coreano centenas de cidadãos sul-coreanos que trabalham em um polo industrial em Kaesong, na Coreia do Norte.

A advertência de hoje coincidiu com o início das manobras militares anuais realizadas em conjunto pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos. A Coreia do Norte denuncia as manobras como preparativos de uma invasão. Na semana passada, Pyongyang advertiu que não poderia garantir a segurança de voos comerciais sul-coreanos que passam perto de seu espaço aéreo durante as manobras militares. Analistas acreditam que o regime norte-coreano esteja tentando chamar a atenção do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em um momento no qual seu governo formula uma política para a Coreia do Norte.

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O governo norte-coreano também informou que está levando adiante um plano para enviar um satélite de comunicações ao espaço. Governos vizinhos consideram o lançamento uma provocação e acreditam que Pyongyang estaria tentando acobertar o teste de um míssil de longo alcance capaz de chegar ao Alasca. Funcionários americanos e japoneses disseram que abateriam o projétil norte-coreano, se necessário, irritando ainda mais Pyongyang.

"Abater nosso satélite lançado com fins pacíficos significará precisamente uma guerra", advertiu o comando militar norte-coreano em declaração divulgada pela agência estatal de notícias do país comunista. Qualquer interceptação acarretará "uma ação retaliatória justa não apenas contra todos os meios de interceptação envolvidos, mas também contra as fortalezas" de Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, dizia a nota. Won Tae-jae porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Sul, qualificou as ameaças norte-coreanas como "retórica", mas assegurou que seu país está preparado para lidar com qualquer contingência.