US$ 1 milhão já faturou o filme A Entrevista, que estreou na última quinta-feira em 300 salas de cinema independentes norte-americanas. A estreia havia sido cancelada devido à ameaça de ataques aos cinemas que exibissem o filme.
A Coreia do Norte culpou os Estados Unidos ontem pelos repetidos ataques cibernéticos aos seus principais meios de comunicação estatais e acusou o presidente Barack Obama de "forçar" a estreia do filme A Entrevista no dia de Natal.
Em um novo capítulo de tensões entre Pyongyang e Washington o regime liderado por Kim Jong-un voltou a negar que esteja por trás do ciberataque contra a Sony Pictures e incitou a Casa Branca a apresentar provas de suas acusações.
"Mais uma vez queremos deixar claro que a Coreia do Norte não tem nada a ver com os ataques de hackers à Sony Pictures", declarou um porta-voz da Comissão Nacional de Defesa em um comunicado da agência estatal de notícias KCNA.
"Se os EUA querem continuar nos culpando, devem apresentar provas o quanto antes. E se não, eles poderiam iniciar uma investigação com a nossa colaboração ", acrescentou.
"O que aconteceria se alguém fizesse um filme sobre ataques terroristas ou incentivando o assassinato de Barack Obama? Os Estados Unidos continuariam defendendo a liberdade de expressão?", perguntou o porta-voz.
Insultos
Pyongyang usou um tom mais beligerante na hora de apontar diretamente Obama como o "principal culpado de forçar a estreia do filme no dia de Natal" e lançou seus habituais insultos com tons racistas contra o presidente norte-americano.
"Obama sempre fala de forma imprudente e age como um macaco em uma floresta tropical, além de tentar prejudicar a dignidade da nossa liderança suprema", disse o porta-voz, referindo-se ao filme A Entrevista, uma comédia sobre um complô americano para assassinar o ditador norte-coreano Kim Jong-un.
Os sites dos principais meios de comunicação norte-coreanos seguem experimentando quedas intermitentes pelo quinto dia consecutivo, e que, segundo Pyongyang, têm sido provocadas por Washington.
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