As autoridades da Coreia do Norte condenaram um cidadão americano - também com nacionalidade sul-coreana - a 15 anos de trabalhos forçados por crimes não especificados contra o país, informou nesta quinta-feira (2) a agência local KCNA.
O regime anunciara no último fim de semana que Pae Jun-ho, identificado também como Kenneth Bae, enfrentaria um processo na Suprema Corte depois de admitir ter cometido um delito com o objetivo de "derrubar" o país comunista, segundo a versão de Pyongyang.
O americano foi detido em 3 de novembro, após entrar na cidade de Rason, no nordeste da Coreia do Norte, junto com outros cinco turistas, e revelarem-se provas de que ele teria praticado um delito, de acordo com o regime.
Segundo explica a agência norte-coreana em um breve comunicado, na última terça-feira, Pae foi julgado e condenado pela Suprema Corte após cometer "crimes contra a República Popular Democrática de Coreia (nome oficial da Coreia do Norte)". No entanto, a "KCNA" não dá nenhum detalhe sobre o suposto delito.
A notícia foi divulgada horas depois de diversos veículos da imprensa terem adiantado a possibilidade de o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter viajar em breve à Coreia do Norte como parte dos esforços para tentar libertar Pae e acalmar a tensão com Pyongyang.
Em 2010, Carter já participou das negociações para libertar Aijalon Mahli Gomes, um americano que fora multado em US$ 600 mil e condenado a oito anos de trabalhos forçados por entrar ilegalmente na Coreia do Norte.
Nos últimos anos, o regime de Kim Jong-un deteve vários cidadãos americanos, que em todos os casos foram libertados após longas negociações.
Em agosto de 2009, após uma gestão do ex-presidente americano Bill Clinton, Pyongyang libertou duas jornalistas americanas detidas por entrada ilegal e condenadas a 12 anos de trabalhos forçados.
Em maio de 2011, Pyongyang libertou Eddie Jun Young-su, americano de origem coreana, que fora detido em novembro do ano anterior sob a acusação de proselitismo.
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