Um tribunal da Coreia do Norte condenou duas jornalistas dos EUA a 12 anos de prisão num campo de trabalhos forçados, informou a Agência de Notícias Central Coreana, órgão oficial do país. "O julgamento confirmou o grave crime que elas cometeram contra a nação coreana e a violação ilegal da fronteira", disse a agência.
Laura Ling e Euna Lee foram presas pelos guardas de fronteira norte-coreanos em 17 de março, quando apuravam informações para uma reportagem sobre refugiados em fuga do país. Pyongyang havia declarado que elas enfrentariam um julgamento duro por "atos hostis" e entrada ilegal, mas nunca deu detalhes sobre tais atos.
A sentença severa deve alimentar ainda mais as tensões entre o Washington e o regime comunista, depois do teste nuclear realizado pela Coreia do Norte em 25 de maio e os planos atribuídos ao país para outro lançamento de um foguete de longo alcance.
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, afirmou no domingo que as acusações contra as jornalistas não têm fundamento e que elas deveriam ter permissão para voltar para casa. Segundo analistas, as duas mulheres podem ser usadas pela Coreia do Norte nos esforços para abrir negociações diretas com os EUA.
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