Com a negociação a seis (composta por diplomatas de EUA, Coréia do Norte, Japão, China, Coréia do Sul e Rússia) prevista para recomeçar nesta quinta-feira, a Coréia do Norte estaria dando sinais de que pode aceitar interromper parcialmente sua corrida nuclear, em troca de ajuda internacional. Citando o ex-funcionário do Departamento de Estado dos EUA Joel Wit e o especialista em energia nuclear americano David Albright, o jornal japonês "Asahi Shimbun" afirmou que Pyongyang deseja receber pelo menos meio milhão de toneladas de petróleo por ano — ou o equivalente em um pacote de ajuda energética — como contrapartida para negociar.

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Os dois fizeram parte do seleto grupo enviado por Washington na semana passada a Pequim para conversar com o vice-ministro das Relações Exteriores da Coréia do Norte, Kim Kye-gwan. Os EUA já haviam acenado com um pacote de ajuda de 500 mil toneladas de petróleo em 1994, época em que foi fechado o primeiro acordo com Pyongyang — na tentativa de frear o programa nuclear do país. Agora, a realização do teste nuclear pelos norte-coreanos, em outubro, teria dado mais coragem ao país para exigir mais.

Além disso, os norte-coreanos exigem o fim do bloqueio financeiro aos recursos do país imposto por Washington. Se estas exigências forem aceitas, o governo de Kim Jong-Il estaria pronto a interromper os testes nucleares em Yongbyon (onde ficam as usinas, ao norte da capital, Pyongyang), voltar ao escopo da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e permitir a instalação de câmeras de monitoramento.

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