O hermético regime da Coreia do Norte defendeu nesta quarta-feira (17) a carga de "armas obsoletas" que levava a Cuba em sua embarcação "Chong Chon Gang", retida na segunda-feira no Panamá, ao assegurar que realizava o transporte sob um "contrato legítimo".
Em comunicado emitido pela agência norte-coreana "KCNA", um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores garantiu que se trata de um "caso incomum", já que as autoridades panamenhas suspeitavam que o cargueiro poderia levar drogas.
"As autoridades panamenhas interceptaram precipitadamente e detiveram o capitão e a tripulação do navio sob o pretexto que se tratava de uma investigação para buscar drogas", detalhou o escritório.
Neste sentido, o regime de Kim Jong-un considera que ao não encontrar o que buscavam, as autoridades do canal justificaram "seu ato violento buscando outro tipo de carga dentro do navio", acrescentou.
Além disso, o porta-voz norte-coreano instou o Panamá a "liberar sem demora" os tripulantes retidos, por tratar-se de um cargueiro com "um contrato legítimo" destinado a devolver a Cuba um armamento obsoleto que devia ser recondicionado no país asiático.
Desde a segunda-feira passada, as autoridades panamenhas mantêm retida e submetendo a registro a embarcação "Chong Chon Gang", na qual foram encontradas ocultas em contêineres, e sob toneladas de açúcar, as armas, que ontem Havana disse que enviava a Coreia do Norte para serem reparadas e devolvidas à ilha caribenha.
A descoberta da carga bélica, que supostamente inclui baterias de mísseis antiaéreos, aviões caça e equipamentos militares, fez com que os Estados Unidos anunciassem que prestarão assistência às autoridades do Panamá para realizar a inspeção, à espera que a ONU se encarregue de avaliar a carga.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”