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Emissões transmitidas por alto-falantes pela Coreia do Sul mirando a Coreia do Norte trazem os rivais “à beira da guerra”, disse um importante oficial norte-coreano, na primeira reação do país à barragem sonora ao longo de sua fronteira.

O quarto teste nuclear da Coreia do Norte, na quarta-feira (6), irritou tanto os Estados Unidos quanto a China, que não foi avisada com antecedência. No entanto, o governo dos EUA e especialistas em armas duvidam das alegações da Coreia do Norte de que o dispositivo que explodiu era uma bomba de hidrogênio.

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Em retaliação ao teste, a Coreia do Sul ativou nesta sexta-feira (8) uma ensurdecedora barragem de propaganda.

Da última vez em que os dispositivos foram acionados, em agosto de 2015, Pyongyang se irritou e os países trocaram artilharia. Até aquele momento, as caixas de som haviam permanecido desligadas por 11 anos.

Hostilidades são comuns entre as duas Coreias, que estão tecnicamente em estado de guerra desde 1953.

“Com inveja do teste bem-sucedido de nossa primeira bomba de hidrogênio, os EUA e seus seguidores estão levando a situação à beira da guerra ao dizer que retomaram transmissões psicológicas e acionaram bombardeiros estratégicos”, disse o chefe do departamento de propaganda do Partido dos Trabalhadores, Kim Ki Nam.

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Bomba H

O anúncio norte-coreano sobre a realização de um teste “bem-sucedido” com bomba de hidrogênio, até mil vezes mais poderosa que a bomba atômica comum, elevou os temores de uma escalada militar no Nordeste da Ásia.

“Nosso Exército está completamente preparado, e caso a Coreia do Norte nos provoque, haverá punições contundentes”, disse em comunicado o chefe de segurança nacional da Coreia do Sul, Cho Tae-wong.

Segundo uma autoridade militar de Seul ouvido pela Reuters, a Coreia do Sul conversa com os Estados Unidos sobre a possível instalação de armas estratégicas americanas na península coreana.

A Coreia do Norte, que mantém seu programa nuclear em segredo, diz possuir bombas atômicas. Se confirmada a posse de bomba de hidrogênio, o país passaria a integrar e “elite” das potências nucleares e representaria uma ameaça maior à segurança da região.