Ouça este conteúdo
O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, disse nesta segunda-feira (29) que os militares de seu país devem estar em constante prontidão para “frustrar os planos de invasão liderados pelos EUA e seus aliados”. A declaração do ditador foi revelada pelo site estatal KCNA.
Enquanto os EUA, Coreia do Sul e Japão realizam exercícios navais trilaterais na região, em resposta às crescentes ameaças nucleares da Coreia do Norte, Kim afirmou que os esforços americanos para conduzir exercícios navais estão tornando as águas ao largo da Península Coreana perigosamente instáveis.
Durante o Dia da Marinha, Kim, que visitou o quartel de sua força naval, criticou os EUA por conduzirem exercícios navais "mais frenéticos" com seus aliados e implantarem recursos estratégicos nas águas próximas à Península Coreana.
Além disso, ele mencionou um acordo recente entre EUA, Coreia do Sul e Japão para aumentar a cooperação em defesa contra o programa nuclear norte-coreano. Kim referiu-se aos líderes dos três países como "os chefes das gangues".
O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul expressou descontentamento com a linguagem, que classificou como "rude", utilizada por Kim para atacar os líderes sul-coreanos, americanos e japoneses.
Os exercícios navais conjuntos entre EUA, Coreia do Sul e Japão visam melhorar a capacidade de detecção e resposta a ameaças norte-coreanas.
Kim reiterou a necessidade da Marinha da Coreia do Norte estar "pronta para a guerra" para poder "quebrar a vontade de seus inimigos" em um possível cenário de conflito.
"A situação predominante exige que nossa Marinha concentre todos os esforços em aprimorar a prontidão de guerra para manter a constante prontidão de combate e se preparar para quebrar a vontade de guerra do inimigo em caso de contingência", disse Kim.
A escalada da tensão na Península Coreana levou os EUA e seus aliados a intensificarem exercícios militares e a expandir a cooperação em defesa.
Cho Hyundong, embaixador da Coreia do Sul nos Estados Unidos, afirmou nesta terça-feira (29) em Washington que os esforços sul-coreanos, americanos e japoneses para melhorar as relações não seriam impactados pelas palavras do ditador norte-coreano.
“A provocação contínua e a violação contínua de múltiplas resoluções críticas de segurança da ONU pela Coreia do Norte apenas fortalecerão a cooperação trilateral em segurança”, disse Cho.