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Sem acusações

Coreia do Norte diz que soltará norte-americano preso há 6 meses

O enviado especial de direitos humanos dos Estados Unidos, Robert King, obteve nesta sexta-feira (27) a libertação de um cidadão norte-americano detido na Coreia do Norte sem acusações específicas há seis meses, no encerramento de uma visita ao recluso país para averiguar seus pedidos de ajuda alimentar.

A agência de notícias estatal norte-coreana KCNA disse que King lamentou o caso, e que como resultado Pyongyang concordou em libertar Jun Young Su por "razões humanitárias".

Não ficou claro pelo relato se Jun voltara para casa com King, que deve deixar a capital da Coreia do Norte no sábado após uma visita de cinco dias.

Jun foi preso em novembro passado e admitiu ter cometido um crime "contra o Estado" durante uma investigação, informou a KCNA.

Relatos da mídia dizem que Jun é um empresário da Califórnia e que realizava trabalho missionário no isolado país do norte na península coreana.

Há um longo histórico de detenções de cidadãos norte-americanos na Coreia do Norte, que os liberta com grande relutância.

O principal objetivo da missão de King, a primeira de um enviado especial de direitos humanos dos EUA à nação, é avaliar os pedidos do depauperado Estado por assistência alimentar, e se os Estados Unidos devem oferecer ajuda.

A Coreia do Norte, pressionada por sanções internacionais por conta de seus testes nucleares e com mísseis em 2009, solicitou a ajuda de cerca de 40 países, embora a Coreia do Sul e alguns destacados senadores dos EUA tenha questionado suas alegações de carência de alimentos.

Vítima de uma escassez crônica de comida há décadas, Pyongyang afirma que os suprimentos foram prejudicados por colheitas ruins e mau tempo.

Os Estados Unidos estão sob pressão para retomar a assistência alimentar desde que a ONU disse em um relatório deste ano que mais de 6 milhões de norte-coreanos precisam de ajuda urgente.

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