A Coréia do Norte afirmou nesta sexta-feira que chegou a um ``certo acordo'' com os Estados Unidos durante conversas em Berlim e elogiou o raro diálogo direto entre os inimigos.

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O enviado norte-americano Christopher Hill e o da Coréia do Norte Kim Kye-gwan encerraram na quinta-feira três dias de debates sem precedentes, realizados na capital alemã.

Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores de Pyongyang disse que ``as negociações foram realizadas de 16 a 18 de janeiro, em clima sincero e positivo e um certo acordo foi atingido lá''.

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Mas Hill, que chegou à Coréia do Sul para informar autoridades em Seul sobre a reunião, parecia confuso com a referência a um acordo.

``Desculpem, não tenho certeza ao que ele está se referindo'', disse Hill a repórteres, acrescentando, contudo, que os dois lados tiveram ``debates muito úteis''.

Ele disse que o próximo passo será incorporar os debates de Berlim às recém-retomadas negociações multilaterais, destinadas a encerrar o programa de armas da Coréia do Norte em troca de apoio financeiro ao país, além de garantias de segurança.

``Quero enfatizar mais uma vez que as negociações para a desnuclearização da península Coreana acontecem nos debates entre seis partes'', observou Hill.

Em Washington, a Casa Branca negou que os encontros em Berlim tenham sido debates bilaterais.

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``Não tivemos debates bilaterais. O que houve nesta semana em Berlim foram conversas entre Chris Hill e um representante norte-coreano como preparativo para as negociações entre seis países'', disse o porta-voz Tony Snow.

A última rodada de debates das duas Coréias, China, Japão, Rússia e EUA foram em dezembro, dois meses depois do teste nuclear de Pyongyang.