Negociadores dos Estados Unidos e da Coréia do Norte deram início nesta segunda-feira a reuniões que visam a normalizar as relações diplomáticas entre os dois países, dentro das diretrizes do acordo em que os norte-coreanos se comprometeram a acabar com seu programa de armas nucleares. A reunião, na missão dos EUA na Organização das Nações Unidas (ONU), representa o encontro de mais alto escalão desde 2000 entre os dois países em solo americano.
O representante norte-coreano, Kim Kye-gwan, vai conversar com o secretário-assistente de Estado dos EUA, Christopher Hill, para tentar começar a solucionar os problemas entre os dois países, inimigos desde a Guerra da Coréia (1950-53).
- Esse é o começo da implementação do acordo de semanas atrás - disse na sexta-feira a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice.
Mas ainda há muito ceticismo em relação à reaproximação dos dois países. Em 2002, o presidente dos EUA, George W. Bush, colocou a Coréia do Norte no chamado "eixo do mal''. Para os norte-coreanos, a animosidade contra os EUA faz parte de sua identidade há pelo menos cinco décadas.
Segundo o porta-voz do Departamento de Estado Sean McCormack, as conversações começariam com uma reunião às 17h30 (19h30 pelo horário de Brasília), seguida por um jantar. Na terça-feira, as reuniões do grupo de trabalho devem durar o dia todo.
Entre as questões bilaterais a ser discutidas estão a classificação pelos EUA da Coréia do Norte como um Estado que patrocina o terrorismo e as sanções norte-americanas ao comércio do país comunista, disse o Departamento de Estado.
Os EUA pedirão à Coréia do Norte garantias de que o país pretende fechar suas principais instalações militares em 60 dias e permitir a entrada de inspetores, em troca de 50 mil toneladas de combustível.
- Não acho que ninguém tenha a expectativa de que essas negociações levem a avanços significativos - disse Bruce Klingner, especialista em Coréia que trabalho na CIA e agora pertence ao centro de estudos da Fundação Heritage.
Nos próximos passos da implementação do acordo, a Coréia do Norte vai receber mais 950 mil toneladas de combustível ou de ajuda de valor equivalente.
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