Pyongyang - O governo da Coreia do Norte anunciou ontem a suspensão de sua colaboração com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a expulsão dos inspetores estrangeiros que fiscalizam a atividade do reator de Yongbyon.
A decisão da Coreia do Norte foi comunicada pela própria AIEA, que, em nota emitida em Viena, informa que Pyongyang resolveu reativar o reator de Yongbyon cuja torre de resfriamento foi destruída em junho do ano passado como um gesto de compromisso de Pyongyang com o processo de desnuclearização.
"A República Popular da Coreia informou aos inspetores da AIEA nas instalações de Yongbyon que cessa imediatamente toda cooperação com a AIEA, afirmou o porta-voz da agência Marc Vidricaire.
Mais cedo, a Coreia do Norte anunciou que iria abandonar as negociações de desnuclearização protagonizadas por Coreia do Sul, Japão, Estados Unidos, China e Rússia e reativar seu programa nuclear, em uma reação à condenação pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas pelo disparo de um míssil de longo alcance no último dia 4.
O Conselho de Segurança da ONU declarou que Pyongyang violou a proibição do teste de mísseis de longo alcance, e exigiu uma implementação mais rígida das sanções já em vigor contra o país.
Pyongyang afirmou, segundo a agência oficial KCNA, que "rejeita firmemente e considera um "insulto insuportável contra seu povo a decisão do Conselho de Segurança. "Nós não participaremos nunca mais destas discussões e não nos consideramos obrigados por qualquer decisão adotada durante estas tratativas, disse o Ministério de Relações Exteriores norte-coreano, em comunicado.
O regime comunista anunciou ainda que decidiu reativar suas instalações atômicas. "Vamos adotar as medidas necessárias para reabrir nossas usinas nucleares desativadas (...) e reintroduzir os bastões de combustível nuclear nos reatores experimentais, destacou o ministério.
A Coreia do Norte começou há um ano a desmantelar o seu antigo reator de Yongbyon, como parte do processo de desarmamento pelo qual os cinco países participantes da negociação ofereciam ajuda econômica.
O regime comunista está sob sanções da ONU desde 2006, por causa de um teste anterior com uma bomba atômica e um míssil de longo alcance. Especialistas dizem que o país não tem tecnologia para fabricar um reator avançado.
-
Esquerda brasileira tenta dar novo fôlego a discurso antiarmas após atentado contra Trump
-
Preocupado com “inclusão” e “diversidade”, Serviço Secreto dos EUA comete pior falha em 43 anos
-
Janja e a carteirada do Brasil na abertura da Olimpíada; acompanhe o Sem Rodeios
-
Advogada gravada em áudio com Bolsonaro aponta esquema criminoso da Receita