A Coreia do Norte disse nesta sexta-feira que vai iniciar uma "guerra sagrada" contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul "a qualquer momento necessário", valendo-se do seu arsenal nuclear como forma de dissuasão contra os "temerários" exercícios militares dos dois países.

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A poderosa Comissão Nacional de Defesa norte-coreana voltou a negar em nota que o país tenha sido responsável pelo naufrágio de uma corveta sul-coreana em março, e que poderia ter de retaliar contra Estados Unidos e Coreia do Sul, que iniciam no domingo exercícios militares no mar Amarelo.

"O Exército e o povo da RPDC (República Popular Democrática da Coreia, nome oficial do país) vão começar uma guerra sagrada retaliatória contra os imperialistas dos EUA e as forças títeres sul-coreanas (que estão) deliberadamente empurrando a situação para a beira da guerra", disse a comissão em nota divulgada no sábado (pela hora local, tarde de sexta em Brasília).

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A nota foi parte da ofensiva verbal de Pyongyang contra uma recente investigação promovida pela Coreia do Sul que apontou a responsabilidade norte-coreana no naufrágio, que matou 46 marinheiros.

Graças à ajuda da China, a Coreia do Norte conseguiu escapar a uma reprimenda do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que condenou o incidente sem citar diretamente Pyongyang.

Os EUA rejeitaram a proposta da Coreia do Norte para a retomada de negociações multilaterais, e na quarta-feira anunciaram novas sanções contra os líderes comunistas do país.

Nesta sexta-feira, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, P.J. Crowley, disse que os EUA não estavam interessados em uma guerra retórica com Pyongyang. "O que precisamos da Coreia do Norte são palavras menos provocativas e mais ações construtivas".

Durante um fórum multilateral nesta semana no Vietnã, a Coreia do Norte ameaçou reações físicas contra os exercícios militares planejados pelos EUA e a Coreia do Sul.

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