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Crise

Coreia do Norte faz novo teste de mísseis após EUA culparem Rússia e China na ONU

Telão em Tóquio mostra o ditador norte-coreano Kim Jong-un, durante noticiário sobre lançamento de míssil que sobrevoou o território japonês nesta semana (Foto: EFE/EPA/KIMIMASA MAYAMA)

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A Coreia do Norte realizou na manhã desta quinta-feira (6, horário local) o sexto teste de mísseis balísticos em duas semanas, ampliando uma escalada das tensões que havia sido tema da uma sessão do Conselho de Segurança da ONU horas antes.

Segundo informações do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, Pyongyang disparou dois mísseis balísticos de curto alcance no Mar do Japão nesta quinta-feira. Na terça-feira (4), a ditadura norte-coreana havia disparado um míssil que sobrevoou o território do Japão, levando o governo local a emitir um alerta civil para o norte do país.

Em resposta, os Estados Unidos e a Coreia do Sul realizaram lançamentos de mísseis e exercícios militares entre terça e quarta-feira (5). Os americanos também fizeram manobras com o Japão.

No Conselho de Segurança das Nações Unidas, a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, acusou a Rússia e a China de apoio à Coreia do Norte, sem citar o nome dos dois países.

“A Coreia do Norte desfruta da proteção de dois membros deste conselho. Esses dois membros se esforçaram para justificar as repetidas provocações norte-coreanas e bloquear todas as tentativas de atualizar o regime de sanções”, disse ela. Rússia e China são membros permanentes do Conselho de Segurança, assim como os Estados Unidos.

Pequim e Moscou, por sua vez, culparam os americanos pela tensão na região do Indo-Pacífico. “Os Estados Unidos recentemente reforçaram suas alianças militares na região e intensificaram o risco de confronto militar na questão nuclear”, disse o vice-embaixador chinês na ONU, Geng Shuang.

Já a representante russa na sessão, Anna Evstigneeva, disse que “os lançamentos de mísseis de Pyongyang são uma consequência da atividade militar míope e beligerante em torno do país realizada pelos Estados Unidos”.

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