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Energia nuclear

Coréia do Norte fechou principal complexo nuclear, dizem EUA

A Coréia do Norte fechou neste sábado (14) seu principal complexo nuclear em Yongbyon, anunciou o Departamento de Estado americano em um comunicado.

"Os Estados Unidos foram informados neste sábado que a República Democrática Popular da Coréia fechou sua instalação nuclear em Yongbyon", assinalou no comunicado o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack.

"Saudamos esta iniciativa e esperamos a verificação e monitoração desse fechamento por parte da equipe da Agência Internacional de Energia Atômica que chegou à Coréia do Norte", afirmou.

O anúncio acontece horas depois que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) retomou sua missão na Coréia do Norte, após quase cinco anos de ausência, para supervisionar o desligamento do reator de Yongbyon, primeira etapa do fim das atividades nucleares do regime comunista previsto por um acordo multilateral.

Pouco depois de chegarem ao aeroporto da capital norte-coreana, os dez inspetores se dirigiram a Yongbyon, o principal complexo nuclear do país que Pyongyang se comprometeu a fechar num acordo multilateral, indicou a agência Nova China.

"Eles ficarão provavelmente em Yongbyon durante duas ou três semanas", declarou à agência chinesa um responsável da Administração geral de energia atômica da Coréia do Norte.

Os inspetores se negaram a responder às perguntas dos jornalistas presentes.

Horas antes, no aeroporto de Pequim, o chefe da equipe da AIEA, Adel Tolba, deu uma breve declaração à imprensa.

"Estamos indo visitar o reator de Yongbyon e temos conosco todo o equipamento necessário, daremos continuidade a nosso trabalho e informaremos nosso quartel-general sobre os avanços registrados", disse, explicando que sua equipe iria o mais rapidamente possível para Yongbyon.

"Daremos início ao nosso trabalho assim que chegarmos", acrescentou, referindo-se à primeira missão da agência desde sua expulsão da Coréia em dezembro de 2002.

Os dez inspetores devem controlar o fechamento de Yongbyon, que produz plutônio para armas nucleares, primeiro ponto de um acordo multilateral assinado em 13 de fevereiro em Pequim, pelo qual a Coréia do Norte reafirmou seu compromisso de abandonar seus programas nucleares.

Pyongyang aceitou cooperar estreitamente com a AIEA, permitindo principalmente a instalação de câmaras no complexo de Yonbyon, segundo a agência.

A AIEA pretende manter em permanência dois inspetores neste centro, mesmo depois da volta à Viena da missão de inspeção, indicaram no início da semana diplomatas na capital austríaca, sede da AIEA.

Negociador americano

De passagem neste sábado pelo Japão, o negociador americano encarregado do caso nuclear norte-coreano, Christopher Hill, afirmou que Yongbyon seria fechado no máximo até segunda-feira (16).

"Entendemos que é para este fim de semana. Não sei se sábado, domingo ou segunda", afirmou.

"Também não quero que as pessoas pensem que este fechamento é o maior e único acontecimento. É apenas o primeiro passo", destacou o negociador, que fez escala no Japão antes de ir à Coréia do Sul, depois a Pequim para uma nova reunião multipartite sobre o caso nuclear norte-coreano a partir de quarta-feira (18).

Além disso, a primeira entrega de ajuda energética, prometida a Pyongyang em troca de seu compromisso com o fim das atividades nucleares, chegou também neste sábado ao país.

Um navio-tanque com 6.200 toneladas de combustível pesado, de um total de 50 mil prometidas no acordo de fevereiro em troca do fechamento de Yongbyon, chegou de manhã ao porto de Sonbong (nordeste da Coréia do Sul), indicou um porta-voz do ministério sul-coreano da Reunificação.

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