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Norte-coreanos assistem em telão lançamento de míssil, em Pyongyang | KIM WON-JIN/AFP
Norte-coreanos assistem em telão lançamento de míssil, em Pyongyang| Foto: KIM WON-JIN/AFP

A Coreia do Norte garantiu que continuará a realizar testes de mísseis tendo o Pacífico como alvo, após ter efetuado o lançamento de um projétil que sobrevoou o Japão antes de cair no mar. A promessa foi feita em uma comunicado divulgado pela agência estatal norte-coreana KCNA, mesmo após condenação da Organização das Nações Unidas (ONU). O Conselho de Segurança da entidade exigiu que o governo norte-coreano suspenda seu programa de mísseis.

Leia também: Em resposta à ameaça nuclear, Trump promete “fogo e fúria” contra a Coreia do Norte

De acordo com a publicação, o líder do país, Kim Jong-un, expressou "grande satisfação" com o mais recente teste de míssil e disse que o lançamento é o primeiro passo de uma operação militar no Pacífico. Pyongyang também alertou que o teste "é um prelúdio significativo para conter Guam". No início do mês, a Coreia do Norte ameaçou lançar mísseis de médio a longo alcance no território de Guam, que é administrado pelos Estados Unidos e que contém bases militares americanas.

Para Kim Jong-un, o território de Guam é uma "base avançada de invasão", sendo necessário acelerar os trabalhos para colocar a força estratégica do país em uma base moderna, "realizando mais exercícios de lançamento de mísseis balísticos". 

De acordo com a KCNA, o último teste foi feito com o projétil Hwasong-12, de alcance intermediário. Além disso, os exercícios militares conjuntos dos EUA e da Coreia do Sul foram usados como justificativa pela Coreia do Norte para o último lançamento.

Apesar de ter sobrevoado o Japão, "o míssil não representou impacto na segurança dos países vizinhos", disse o líder norte-coreano. Fotos de Kim Jong-un acompanhando o teste foram divulgadas pela KCNA.

Diálogo  

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou sua conta no Twitter na manhã desta quarta-feira (30) para criticar a Coreia do Norte. Segundo ele, um diálogo de longa data entre os governos de Washington e Pyongyang não tem gerado resultados e a abordagem precisa mudar.  

"Os EUA têm dialogado com a Coreia do Norte e pagado a eles dinheiro de extorsão há 25 anos. Falar não é a resposta!", afirmou Trump em sua mensagem, sem dar mais detalhes.  

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