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A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris (R) olha para a Coreia do Norte do Posto de Observação Ouellette dentro da Zona Desmilitarizada que separa as duas Coreias na seção ocidental da fronteira intercoreana em Paju, ao norte de Seul, Coreia do Sul, 29 de setembro de 2022.
A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris (R) olha para a Coreia do Norte do Posto de Observação Ouellette dentro da Zona Desmilitarizada que separa as duas Coreias na seção ocidental da fronteira intercoreana em Paju, ao norte de Seul, Coreia do Sul, 29 de setembro de 2022.| Foto: EFE

A Coreia do Norte lançou nesta quinta-feira (29) um "míssil balístico não identificado" no mar do Japão (chamado de mar do Leste nas duas Coreias) poucas horas depois de a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, concluir uma visita à Coreia do Sul.

O anúncio foi feito pelo Estado-Maior Conjunto sul-coreano (JCS) em um breve comunicado.

O lançamento aconteceu poucas horas depois de Harris deixar a Coreia do Sul, onde se encontrou com o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, e visitou a fronteira militarizada intercoreana em um momento de tensão crescente sobre a possibilidade de um novo teste nuclear por parte do regime de Pyongyang.

Por sua vez, o governo do Japão convocou uma reunião de emergência para analisar os detalhes do lançamento, e informou que o míssil caiu em águas fora de sua zona econômica exclusiva (ZEE) e que não há evidência de danos a navios ou aeronaves como resultado do impacto.

Pyongyang já havia lançado recentemente dois mísseis balísticos de curto alcance, um deles ontem e o outro no último sábado, ambos em aparente resposta à presença do porta-aviões americano USS Ronald Reagan nas proximidades da península coreana.

Hoje foi anunciado que o USS Ronald Reagan realizará na sexta-feira (30) exercícios conjuntos com as forças navais sul-coreanas e japonesas.

A última vez que esse porta-aviões viajou para a península para participar de manobras conjuntas foi em setembro de 2017, no auge das crescentes tensões após o último teste nuclear norte-coreano realizado até hoje.

Seul, Tóquio e Washington estão agora tentando enviar uma mensagem de força diante da convicção de que o regime, que rejeitou todas as ofertas de diálogo nos últimos três anos e optou por um plano de modernização de armas, está pronto para realizar um novo teste atômico.

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