O ditador norte-coreano, Kim Jong-un| Foto: KCNA/EFE
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O Japão informou neste domingo (17) que a Coreia do Norte lançou um míssil balístico em direção ao mar japonês. Ainda não se sabe, contudo, a potência e nem a quantidade do armamento testado. Os governos japonês e sul-coreano não entraram em detalhes sobre o ocorrido.

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"Nossos militares detectaram um suposto míssil balístico de curto alcance disparado da região de Pyongyang em direção ao Mar do Leste (Mar do Japão) por volta das 22h38 [horário local]", declarou o Estado-Maior da Coreia do Sul. O Japão está localizado no extremo oposto no Mar do Japão em relação à Coreia do Norte e do Sul.

O armamento lançado teria percorrido mais de 370km, de acordo com informações do governo japonês. Vale ressaltar que a Coreia do Norte é proibida de realizar qualquer atividade com mísseis balísticos após resoluções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU. As tensões na região, contudo, têm aumentado nas últimas semanas.

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Neste final de semana, a Coreia do Sul e Estados Unidos enviaram um recado a Pyongyang, afirmando que qualquer ataque nuclear poderia significar o "fim do regime norte-coreano".

Em setembro, Pyongyang fez uma emenda à Constituição que permite intensificar sua política para desenvolvimento de força nuclear, na qual o ditador Kim Jong-un pretende acelerar a produção de armas nucleares. De acordo com o autocrata norte-coreano, sua intenção é deter as "provocações" vindas de Washington. Pouco tempo depois, em novembro, a Coreia do Norte disse que romperia o tratado de 2018 que prevê a diminuição de militares na fronteira com a Coreia do Sul.

"As Forças Armadas da Coreia do Norte neutralizarão completamente a tentativa dos EUA e de suas forças de deflagrarem uma guerra nuclear", chegou a dizer um comunicado norte-coreano que criticava as medidas do Estados Unidos e da Coreia do Sul por "aumentarem as tensões" na região.

Acredita-se, contudo, que o lançamento deste domingo tenha sido uma forma de marcar o aniversário da morte do pai do ditador, Kim Jong Il, que morreu em 17 de dezembro de 2011. O Exército sul-coreano afirma ainda que reforçou seus mecanismos de mapeamento e tem compartilhado informações sobre o ocorrido com os Estados Unidos.