Imagem mostra a explosão do escritório de relações intercoreanas no Complexo Industrial Kaesong da Coreia do Norte, em 16 de junho de 2020| Foto: Reprodução / Imprensa estatal da Coreia do Norte / via NK News
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Um dia após demolir o escritório de relações intercoreanas, a Coreia do Norte anunciou nesta quarta-feira (17) que reenviará tropas para áreas próximas à fronteira com a Coreia do Sul, além de reinstalar postos de vigilância e retomar exercícios militares na região.

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A mídia estatal da Coreia do Norte também divulgou as primeiras imagens da explosão do escritório que foi demolido nesta terça-feira na cidade fronteiriça de Kaesong. O local funcionava como uma embaixada e canal de comunicação direta entre os dois lados, que não têm relações diplomáticas. As imagens estampam a segunda página da edição de quarta-feira do jornal Rodong Sinmun, segundo noticiou o site especializado NK News.

A Coreia do Norte alertou o Sul que qualquer outro comportamento "vergonhoso e imprudente" resultaria em novas retaliações.

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O país afirmou que vai enviar militares armados a duas zonas comerciais e turísticas intercoreanas, que hoje são fechadas, perto da fronteira e reinstalar postos de vigilância na zona desmilitarizada que haviam sido removidos, segundo a agência sul-coreana Yonhap.

Mais cedo, o Exército coreano afirmou que vai retomar "todo tipo" de exercícios militares perto da fronteira. Com as medidas, Pyongyang está na prática anulando o acordo militar intercoreano assinado em 2018 para reduzir as tensões entre os lados rivais.

A agência estatal norte-coreana KCNA também informou que a Coreia do Norte rejeitou a proposta de Seul de mandar enviados especiais para reduzir as tensões, chamando a proposta de "sem tato" e "sinistra".

O ministro da Defesa da Coreia do Sul reafirmou, após as declarações do Norte na quarta-feira (noite de terça-feira no Brasil), que o acordo militar intercoreano deve ser respeitado para o estabelecimento da paz na península coreana e para impedir choques acidentais entre as duas nações. A autoridade também ressaltou que vai responder "firmemente" caso a Coreia do Norte se empenhe em provocações militares.

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Um porta-voz da Casa Azul, a sede governo em Seul, alertou que a Coreia do Sul não irá mais tolerar "essas palavras e ações".

A decisão de mobilizar tropas para a área antes desmilitarizada é a ação retaliatória mais recente do Norte contra o Sul na escalada de tensões que teve início na semana passada, quando o Norte cancelou todas as comunicações com o Sul, depois que ativistas, usando balões, lançaram panfletos em território norte-coreano com mensagens contra o regime comunista.