A Coreia do Norte não abandonou seu programa nuclear e está violando as sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) ao "aumentar a transferência ilícita feita de navio para navio de produtos derivados de petróleo", segundo relatório da própria ONU.
Um resumo do documento que foi enviado ao Conselho de Segurança na sexta-feira e obtido pela Associated Press mostra que a Coreia do Norte também está violando as sanções ao transferir carvão no mar e desrespeitando um embargo de armas.
A Coreia do Norte "não parou seus programas nuclear e de mísseis" e continua desafiando as sanções. Os especialistas que assinam o relatório afirmam que a Coreia do Norte tentou vender armas de pequeno porte e outros equipamentos militares por meio de intermediários estrangeiros, incluindo traficantes sírios.
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Companhias, pessoas e outras entidades na Ásia continuarão a ser investigadas pela aquisição de centrífugas para o programa nuclear da Coreia do Norte e pela tentativa de venda de equipamentos militares para governos e grupos armados no Oriente Médio e na África.
O Conselho de Segurança impôs sanções à Coreia do Norte pela primeira vez após o teste nuclear de 2006 e as endureceu cada vez mais em resposta a testes subsequentes.
Pressão diplomática e econômica
“Tenho enfatizado a importância de manter a pressão econômica e diplomática em relação à Coreia do Norte, para alcançar a desnuclearização definitiva da Coreia do Norte, conforme acordado pelo presidente Kim”, disse o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, durante a conferência anual da Associação das Nações do Sudoeste Asiático (Asean).
Ele e o ministro das Relações Exteriores da Coréia do Norte, Ri Yong Ho, se aproximaram para um aperto de mão público e trocaram cumprimentos promissores com grandes sorrisos. Segundo a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, Pompeo sugeriu que eles se reunissem em breve, e Ri concordou, acrescentando: "Há muitas conversas produtivas a serem realizadas."
O embaixador dos EUA nas Filipinas, Sung Kim, aproveitou a reunião internacional para entregar uma carta do presidente norte-americano, Donald Trump, ao ditador norte-coreano, Kim Jong-um.
Apesar de o conteúdo não ter sido divulgado, Pompeo tuitou no sábado que a carta era a resposta de Trump a uma encaminhada por Kim na semana passada.
I had the chance to speak with my #DPRK counterpart FM Ri Yong Ho @asean today. We had a quick, polite exchange. Our US delegation also had the opportunity to deliver @Potus reply to Chairman Kimâs letter. pic.twitter.com/1DiR6UDj4Q
â Secretary Pompeo (@SecPompeo) 4 de agosto de 2018
Em um tuite nesta semana, o presidente descreveu a carta do líder norte-coreano como sendo “legal”. E acrescentou: “estou ansioso para vê-lo em breve!”
Críticas norte-coreanas
Embora tenha dito que o governo norte-coreano continua comprometido com uma declaração conjunta que se seguiu a uma cúpula entre Trump e Kim em junho, Ri criticou a Casa Branca por insistir em manter as sanções até que o desarmamento seja concluído e exigiu medidas de "confiança" ao longo das negociações.
"O que é alarmantesão os movimentos insistentes manifestados nos Estados Unidos para voltar ao passado, indo longe da intenção de seu líder", disse Ri.
A retórica divergente ressaltou as dificuldades que marcaram tentativas anteriores de persuadir a Coréia do Norte a abandonar seus programas nucleares e de mísseis. Também foi uma lembrança da última visita de Pompeo à Coréia do Norte em julho, quando declarou que as reuniões entre os dois países foram produtivas, mas a Coreia do Norte, horas depois, disse que a abordagem dos Estados Unidos era "parecida com a de um gângster".
Negociadores anteriores viram mudanças de humor similares em Pyongyang. Este é o estilo de negociação da Coréia do Norte e indica que qualquer negociação provavelmente levará muitos meses, se não anos.
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