As autoridades da Coréia do Norte reiteraram nesta quinta-feira (30) o compromisso de desnuclearizar a península, mas advertiram que não farão isto de forma unilateral.
"A desnuclearização (da península coreana) é o desejo do Grande Líder (Kim Il-Sung, fundador falecido da Coréia do Norte) e estamos dispostos a pôr em prática nossos compromissos na declaração conjunta de 19 de setembro de 2005", declarou à agência sul-coreana Yonhap o negociador norte-coreano para o tema, Kim Kye-gwan.
A declaração de 19 de setembro de 2005 estipula que o regime de Pyongyang deve renunciar ao armamento atômico em troca, fundamentalmente, de garantias de segurança. A Coréia do Norte assinou o texto, mas depois voltou atrás ao impor como condição a suspensão das sanções financeiras que sofre por parte dos Estados Unidos.
"Existem vários compromissos na declaração comum de 19 de setembro e, neste estágio, não acontecerá uma renúncia unilateral do arsenal nuclear", acrescentou Kim, entrevistado pela Yonhap em Pequim.
O negociador participou na capital chinesa nas consultas com os colegas de outros países para preparar a retomada das negociações multilaterais, onde há mais de três anos o resto do grupo tenta convencer Pyongyang a abandonar seu programa nuclear.
O negociador americano, Christopher Hill, havia manifestado mais cedo a esperança de que estas negociações sejam reiniciadas em dezembro.
A Coréia do Norte boicota as decisões há um ano e testou sua primeira bomba atômica em 9 de outubro. No entanto, Pyongyang manifestou recentemente a intenção condicional de voltar à mesa de negociações.