Esta foto de arquivo tirada em 5 de agosto de 2016 mostra a delegação da Coreia do Norte durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro| Foto: PEDRO UGARTE / AFP
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A Coreia do Norte anunciou nesta terça-feira (6) que não participará da Olimpíada de Tóquio deste ano para proteger os atletas da Covid-19, acabando com as esperanças da Coreia do Sul de que o evento esportivo poderia servir como um catalisador para reaproximar as duas nações, como ocorreu nas Olimpíadas de Inverno de 2018.

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"A República Popular Democrática da Coreia decidiu não participar dos 32º Jogos Olímpicos durante a assembleia geral para proteger nossos atletas da situação de crise de saúde global relacionada ao coronavírus, conforme proposto pelos membros do comitê", disse o site Sports in the DPRK Korea. Esta será a primeira vez desde 1988 que a Coreia do Norte não participa de uma Olimpíada.

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Os jogos eram vistos pelo Sul como uma oportunidade de diminuir as tensões com o vizinho do Norte. As relações entre ambos pioraram drasticamente depois que os diálogos entre Pyongyang e Washington fracassaram. Para demonstrar sua insatisfação com Seul, a Coreia do Norte chegou a explodir o escritório de relações intercoreanas na cidade norte-coreana de Kaegson em junho do ano passado, ao anunciar o corte de todas as comunicações com a nação vizinha. A criação deste escritório, em 2018, foi possível após uma aproximação entre os países durante a Olimpíada de Inverno de PyeongChang, na Coreia do Sul, quando atletas do Sul e do Norte se apresentaram juntos, sob a bandeira da unificação da península coreana.

"Esperávamos que a Olimpíada pudesse servir como uma oportunidade para progredir na reconciliação e cooperação intercoreana e para trazer a paz à Península Coreana e é uma decepção que isso tenha se tornado improvável devido à situação da Covid-19", disse um funcionário sul-coreano do ministério da Unificação, citado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap News.

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A Coreia do Norte afirma que não tem casos de Covid-19, o que é amplamente questionado por especialistas. Desde o ano passado, o ditador Kim Jong-un colocou controles rígidos nas fronteiras.

Também nesta terça-feira, a agência central de notícias da Coreia do Norte criticou o Japão, anfitrião da Olimpíada deste ano, por causa da recente censura do governo japonês aos disparos de mísseis balísticos de curto alcance de Pyongyang. "É o Japão o país que ameaça gravemente a paz e a segurança da região", disse a KCNA, afirmando que o comentário do Japão representava uma violação ao direito de autodefesa da Coreia do Norte.

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